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No JN, Haddad recua de constituinte e tenta se desvincular de Dirceu

Petista afirma que o segundo turno será a oportunidade para o confronto de dois projetos distintos

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GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO
Fernando Haddad dá coletiva após visitar Lula na sede da PF, em Curitiba
1 de 1 Fernando Haddad dá coletiva após visitar Lula na sede da PF, em Curitiba - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

Um dia após confirmar presença no segundo turno das eleições 2018, em contraposição a Jair Bolsonaro (PSL), o petista Fernando Haddad foi entrevistado pelo Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (8/10), e abriu a participação com uma mensagem ao seu eleitorado. “É uma honra participar de um segundo turno. Vamos poder confrontar dois projetos e a natureza de cada um. Vamos focar na democracia, no bem-estar social e na garantia dos direitos do cidadão e da sociedade”, disse.

Haddad foi perguntado sobre se iria realmente defender uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição, no lugar da atual “Constituição Cidadã”, como foi colocado durante a campanha do primeiro turno. O petista afirmou que reviu seu posicionamento e a ideia, agora, é buscar a retomada do crescimento calcada em reformas.

“Vamos buscar na reforma tributária a isenção de imposto para quem ganha até cinco salários mínimos”, explicou. “E a reforma bancária para reduzir juros. Os empresários não voltar a investir e a contratar. Essas duas medidas são essenciais para a retomada do crescimento e têm que ser feitas por emendas constitucionais”, completou.

O petista voltou a atacar a PEC do Teto de Gastos, aprovada pelo governo Michel Temer (MDB). “Temos que acabar com o fim do congelamento de gastos, que afetou drasticamente o desenvolvimento do país”, observou Haddad.

Antipetismo
No início da noite, Haddad concedeu entrevista ao Jornal do SBT. Questionado sobre o “sentimento antipetista”, ele rebateu: “Na verdade, existe uma parcela muito forte da população que repudia o que representa a ditadura, o desrespeito ao nordestino, às mulher e aos direitos sociais, que são tão importantes para nós”.

Sobre as alianças para esta nova fase, o petista quer que Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSol) façam parte do “campo democrático-popular“ que é sua aliança. “Queremos sobretudo o PSB”, observou.

Haddad esteve na manhã desta segunda com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba (PR): “Lula manifestou uma satisfação enorme de estar, mais uma vez, no segundo turno. Vamos poder debater com nosso adversário muito respeitosamente”, concluiu.

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