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Haddad vai processar empresários por pacotes antipetistas de WhatsApp

Petista vai à Justiça contra grupo que, segundo o jornal Folha de S. Paulo, financia envio de mensagens favoráveis a Bolsonaro

atualizado

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Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidenciável Fernando Haddad (PT) disse, na manhã desta quinta-feira (18/10), que vai entrar na Justiça Eleitoral contra o adversário, Jair Bolsonaro (PSL), por usar uma “organização criminosa” para espalhar notícias contra a campanha petista. A iniciativa foi motivada por reportagem publicada pela Folha de S. Paulo sobre pacotes com “centenas de milhões” de mensagens que seriam disparadas pelo aplicativo WhatsApp na última semana da campanha para o segundo turno.

De acordo com o veículo, a operação em favor de Bolsonaro teria custo de R$12 milhões e seria paga por um grupo de empresas, prática considerada ilegal pela legislação eleitoral. “O jornal comprova que meu adversário, Jair Bolsonaro, criou uma organização criminosa de empresários que, mediante caixa 2, dinheiro sujo, está patrocinando mensagens de WhatsApp mentirosas”, falou Haddad em entrevista à Rádio Tupi.

O petista disse que vai pedir à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal (PF) que os “empresários corruptos” sejam “imediatamente presos”. Entre os patrocinadores, segundo a Folha de S. Paulo, está o dono da loja de departamentos Havan, Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro. O empresário nega a prática ilegal, diz que atinge grande número de pessoas com suas postagens, logo não teria necessidade de “impulsionar”.

Outra prática ilegal, segundo a reportagem, é o uso de dados de usuário do próprio candidato ou bases vendidas por agências de estratégia digital. Segundo a legislação eleitoral, é proibido a compra de base de terceiros, sendo permitido apenas o uso das listas de apoio do próprio candidato, formada por números cedidos de forma voluntária.

Haddad se manifestou, em seu perfil oficial no Twitter, sobre a suposta denúncia envolvendo candidato Jair Bolsonaro (PSL) e empresários:

O PT também se manifestou sobre o episódio. Veja íntegra da nota do partido sobre o tema:

“O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático, destaca o partido.

“Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (18) confirma o que o PT vem denunciando ao longo do processo eleitoral: a campanha do deputado Jair Bolsonaro recebe financiamento ilegal e milionário de grandes empresas para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp.
Pelo menos quatro empresas foram contratadas para disparar mensagens ofensivas e mentirosas contra o PT e o candidato Fernando Haddad, segundo a reportagem, a preços que chegam a R$ 12 milhões. A indústria de mentiras vale-se de números telefônicos no estrangeiro, para dificultar a identificação e burlar as regras da rede social.

É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune. O PT requereu ontem, à Polícia Federal, uma investigação das práticas criminosas do deputado Jair Bolsonaro. Estamos tomando todas as medidas judiciais para que ele responda por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha.

Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral. As redes sociais não podem assistir passivamente sua utilização para difundir mentiras e ofensas, tornando-se cúmplices da manipulação de milhões de usuários.

O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático.”

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