Haddad pede voto sem ódio e diz que urna é para “depositar esperança”
Pela manhã, o candidato petista fez uma caminhada pela comunidade de Heliópolis, em São Paulo
atualizado
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Em último ato de campanha antes da votação do segundo turno, o candidato do PT, Fernando Haddad, fez, neste sábado (27/10), uma transmissão ao vivo pela rede Facebook em que respondeu a perguntas de internautas, além de receber apoio de artistas, como o ator Wagner Moura, a cantora Daniela Mercury e a apresentadora Astrid Fontenelle.
Ao lado da esposa Ana Estela, Haddad falou sobre propostas do seu programa de governo, como reajustar o salário mínimo acima da inflação. Segundo o candidato, os pobres são os que mais sofrem com o aumento da inflação e o reajuste é necessário para recuperar o poder de consumo. “Jamais [o reajuste do salário mínimo] será abaixo da inflação”, disse, acrescentando que o aumento será feito “com toda a responsabilidade”.
Haddad voltou a criticar a proposta do adversário Jair Bolsonaro (PSL) de flexibilizar o porte de arma no país. Para o candidato do PT, “armar a população não vai resolver o problema” e defendeu que a Polícia Federal assuma outras responsabilidades, com remanejamento e aumento do efetivo, para que as polícias estaduais possam cuidar da segurança ostensiva nas ruas.
Ao final da transmissão, Haddad agradeceu o apoio de eleitores e da família e pediu que o eleitor vá votar com um livro na mão neste domingo (28). “Deixa o ódio pra lá. Urna é lugar de depositar esperança”, disse.
Apoio de Barbosa
O candidato também fez, pela manhã, uma caminhada pela comunidade de Heliópolis, em São Paulo. O petista agradeceu a manifestação de apoio de Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que nas redes sociais declarou seu voto em favor de Haddad.
“É um apoio muito significativo, porque ele [Barbosa] tem uma representação muito forte, é uma figura que representa valores com os quais eu compartilho. Estou celebrando seu apoio porque ele é muito representativo dos riscos que o Brasil está correndo”, disse Haddad.
No Twitter, Joaquim Barbosa afirmou que: “Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei [equilibrar] os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”.
Haddad disse que convidou “todos os democratas”, aqueles que defendem a democracia e o Estado de Direito, para sua campanha. “Sinto que o Bolsonaro é um grande risco institucional. O que o Joaquim Barbosa falou é o que todo mundo sabe e alguns têm medo de dizer. Infelizmente nem todo mundo tem a coragem de admitir o risco que ele [Bolsonaro] realmente representa para o país”, finalizou.