Haddad pede “gás” a apoiadores e diz que voto em Bolsonaro é “delírio”
Candidato do PT participou de homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em março no Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Em visita ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (19/10) o presidenciável Fernando Haddad (PT) convocou seus apoiadores a seguir tentando reverter os votos de Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que a opção eleitoral pelo capitão da reserva é “delírio demais”.
“Nós temos condição de ganhar essa eleição e evitar que o Brasil assuma uma aventura. Colocar uma pessoa que durante 28 anos fez o papelão que fez no Congresso Nacional…. Vamos dar a 12ª economia do mundo para o Bolsonaro administrar? Precisamos gerar emprego a partir do dia 1º de janeiro”, afirmou o petista, pedindo “gás” à militância na reta final da campanha.
“Dia 28 está aí. Vamos trabalhar duro para convencer as pessoas que estão indo para o caminho errado. Todo mundo às vezes pode se iludir a respeito das pessoas. (Bolsonaro) é delírio demais, isso vai nos levar para o inferno”, disse Haddad. Ele discursou no Buraco do Lume, no centro da capital fluminense, tradicional espaço de prestação de contas de parlamentares do PSol, ao lado dos deputados eleitos Marcelo Freixo e Eliomar Coelho.
Eles seguravam uma placa de rua em homenagem à vereadora do PSol Marielle Franco, assassinada a tiros em março no Rio de Janeiro. O crime, político, segundo a polícia, até hoje não foi esclarecido. Haddad posou com a placa; antes, lembrou que uma daquelas foi destruída antes do primeiro turno por Rodrigo Amorim (PSL), eleito em 7 de outubro deputado federal.
Haddad criticou o fato de Jair Bolsonaro não ter condenado o gesto agressivo do correligionário. “Debochar da memória da Marielle é uma coisa muito grave”, declarou o petista, pontuando que “pela omissão e silêncio, (Bolsonaro) validou o ato de violência”.