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Haddad critica campanha eleitoral: “A mais baixa de todos os tempos”

Candidato do PT disse que o adversário, Jair Bolsonaro (PSL), criou esse ambiente nas eleições para favorecer sua imagem

atualizado

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Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Fernando Haddad – entrevista ao Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Numa queixa às notícias falsas disseminadas pelas redes sociais para favorecer seu adversário na disputa do segundo turno da corrida ao Planalto, o ex-prefeito Fernando Haddad classificou a campanha deste ano como “a mais baixa de todos os tempos”. Segundo ele, Jair Bolsonaro, candidato do PSL, é o maior responsável pelo nível da disputa pela sucessão presidencial.

“É a campanha mais baixa de todos os tempos porque ele Bolsonaro quis criar esse clima. Esse clima favorece a campanha dele”, declarou o petista.

O candidato concedeu entrevista após se reunir com a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, que chefia a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acompanha o processo eleitoral brasileiro.

Haddad disse que entregou à OEA um material sobre o uso ilegal de redes sociais, especialmente o WhatsApp, no primeiro turno. Segundo ele, os últimos três dias da campanha do primeiro turno foram marcados por uma “avalanche” de notícias falsas. O presidenciável pediu atenção da OEA para que o mesmo não se repita até domingo.

Haddad, que viaja nesta quinta-feira (25/10) para o Nordeste, informou que voltará a São Paulo para, no sábado, encerrar sua campanha na favela de Heliópolis.

Ele negou, contudo, que a decisão de fechar a campanha na periferia de São Paulo seja uma reposta ao discurso do rapper Mano Brown, que cobrou que o PT retomasse a comunicação com suas bases. “Já estava planejado”, afirmou o ex-prefeito.

Na busca por apoio à sua candidatura, Haddad confirmou que ligou ao presidente do PDT, Carlos Lupi, para alertá-lo sobre o que chamou de “onda da virada” e que aguarda um retorno do pedetista Disse que, com o apoio de Ciro Gomes, candidato do PDT no primeiro turno, fica mais fácil reverter a desvantagem para Bolsonaro indicada pelas pesquisas de intenção de voto. Ele também aproveitou para destacar a importância das declarações de voto no petista feitas por Marina Silva (Rede) e Alberto Goldman (PSDB).

De acordo com Haddad, o apoio de Goldman, um adversário histórico do PT, reflete a preocupação de setores mais centristas da política com o significado da eleição de Bolsonaro “Tem que ter grandeza para perceber os riscos que o País está correndo”, declarou o candidato.

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