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Grupo Mulheres Contra Bolsonaro já tem 2 milhões de integrantes

O espaço on-line atingiu a marca nesta sexta-feira (14/9), foi invadido e chegou a ter o nome alterado para Mulheres Com Bolsonaro

atualizado

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Bolsonaro Camapnha
1 de 1 Bolsonaro Camapnha - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro alcançou a marca de 2 milhões de integrantes nesta sexta-feira (14/9). A página tem sido usada como termômetro da rejeição feminina ao candidato à Presidência da República pelo PSL.

De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nessa segunda-feira (10/9), o postulante militar da reserva possui 17% da intenção de voto entre mulheres e é rejeitado por 49% delas. Nenhum outro concorrente tem tanta discrepância em porcentagem de eleitores por gênero.

Infiltrados chegaram a trocar o nome do grupo para Mulheres Com Bolsonaro, nesta sexta, mas as moderadoras retomaram o controle e voltaram ao título original. O espaço virtual é usado para combinar manifestações contra o político em todo o Brasil e para discutir ideias políticas.

O texto de apresentação do coletivo na internet diz:

“Grupo destinado à união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores. Acreditamos que este cenário, que em princípio nos atormenta pelas ameaças às nossas conquistas e direitos, é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força! O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país! Bem-vindas aquelas que se identificam com o crescimento deste movimento”.

As motivações para criar o grupo são ideológicas. “Não recebemos pagamento ou comissão para estar aqui, estamos trabalhando duro porque acreditamos num propósito viável e importante para nós mulheres”, afirmou outra moderadora.

Entre os depoimentos compartilhados no grupo, há relatos dos mais diversos perfis: mulheres de direita, mas que não concordam com as ideias de Jair Bolsonaro, e de esquerda – que combatem com veemência o discurso violento propagado pelo candidato do PSL.

O grupo tem regras, como a proibição do discurso de ódio e da exposição das mulheres que integram a página. Apoiadores de Bolsonaro criaram uma versão falsa do grupo para confundir as participantes. Trata-se do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (reserva).

Do outro lado
Em resposta ao grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, foi criado também o Mulheres com Bolsonaro #17 (oficial), em apoio ao candidato do PSL. São mais de 300 mil participantes, até a publicação desta matéria.

“A gente é a favor da direita conservadora e da política militar. Achamos que com o Bolsonaro vai melhorar muito a segurança e as leis vão ficar mais firmes”, disse a estudante de enfermagem Raquel Codá, 23 anos, do Rio de Janeiro, em entrevista à revista Exame.

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