Equipe de Bolsonaro não descarta privatizar elétricas e Correios
Presidenciável, contudo, já se posicionou contrário a vender empresas de áreas estratégicas e diz que dará a última palavra
atualizado
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A equipe que cuida da área de energia para o candidato Jair Bolsonaro (PSL) apresentou uma posição favorável às privatizações do setor em encontro com investidores nessa segunda-feira (22/10). A eles, a campanha avisou, porém, que a última palavra será do presidenciável, que já se manifestou contrário à venda de elétricas.
Com pauta bem diferente, um grupo de lideranças do setor, liderado pelo deputado Leonardo Quintão (MDB-MG), foi recebido no mesmo dia por Bolsonaro. Ao candidato, o grupo pediu adoção de políticas mais intervencionistas, como redução das tarifas. Quintão, inclusive, reafirmou ser contra a ampla privatização das elétricas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo apurou o Estadão, o consultor de energia Luciano Castro foi o responsável pelo convite aos investidores. Eles tiveram oportunidade de fazer perguntas ao consultor em uma teleconferência por telefone, em inglês.
Castro deixou claro que a maior preocupação é com a Amazonas Energia, distribuidora cujo leilão, marcado para esta semana, foi adiado para novembro. A empresa é uma das mais deficitárias do grupo e corre o risco de ser liquidada.
Correios
Jair Bolsonaro também afirmou, nesta terça-feira (23), que os Correios possuem grande chance de privatização se ele for eleito no domingo (28). Ele garantiu que seu eventual governo vai analisar outras estatais com critério.
“Os Correios têm grande chance de entrar (na privatização), porque o seu fundo de pensão foi simplesmente implodido pela administração petista. Hoje, os Correios têm muitas reclamações”, disse o presidenciável em entrevista à TV Band.
“O que eu posso garantir ao mercado, aos funcionários, aos servidores, é que tudo será feito com muito critério e nós buscaremos o que é melhor para o Brasil, sem levar qualquer percalço aos funcionários ou aos acionistas”, acrescentou. (Com informações da Folha de S.Paulo)