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Eliana Calmon reforça campanha de Bolsonaro: “Um homem temperamental”

Ministra aposentada rejeitou ser vice e disse manter posição de não aceitar cargos. No comitê eleitoral, ela defenderá a causa das mulheres

atualizado

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Eliana Calmon
1 de 1 Eliana Calmon - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Ex-corregedora nacional de Justiça, a ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, passou a integrar a campanha do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Ela disse, em entrevista ao Metrópoles que aceitou trabalhar na campanha como “cidadã brasileira”. Sobre a fama de machista atribuída ao presidenciável, a ex-corregedora disse que ele não passa de um “homem temperamental” e que muitos episódios são “invenções”.

“Acho que tem muita coisa fake. Tem muita invenção. Ele é um homem temperamental. A única briga séria que vi foi a que ele teve com a deputada Maria do Rosário. Depois disso não vi mais nada. Se houve outros episódios, eu desconheço”, disse a ex-ministra.

A magistrada, no entanto, avisou que não aceitará cargo na campanha e que mantém sua recusa em ser vice na chapa.

Conversa
“Eu fui convidada pelo PSL, antes do início da campanha, mas disse que eu não queria me meter na política. Continuo mantendo a minha posição. Conversei agora, novamente, com o presidente do PSL, que me colocou em contato com o candidato. Eu disse a ele que estou apoiando a vitória dele por duas bandeiras minhas: o combate à corrupção no Judiciário e a bandeira das mulheres”, disse Eliana Calmon.

“Se eu sentir que a campanha não tem este propósito, eu saio”, observou.

O novo contato, de acordo com ela, foi feito nesta quarta-feira (10/10) pelo presidente do PSL, Gustavo Bebbiano. Já a conversa com Bolsonaro ocorreu logo após a consulta médica do presidenciável, intermediado pelo comando da legenda. O candidato falou, por telefone, com a ex-ministra. Ele disse que ela seria “bem-vinda” à campanha para qualquer função. Foi neste momento que Eliana Calmon reforçou sua posição de não aceitar cargos.

A ex-ministra disse ainda que no caso da mulheres, sua defesa é por melhores salário, garantias de direitos e questões que envolvem empoderamento. Ela criticou ainda o baixo índice de mulheres na política. “Foram poucas eleitas neste ano”, observou.

No caso do combate à corrupção no Poder Judiciário, Eliana Calmon disse que o compromisso que ela quer de Bolsonaro é com o fortalecimento dos órgãos que fiscalizam a ação dos tribunais e juízes, além de acabar com as indicações políticas para a presidência dessas instituições.

 

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