Dividida, base aliada fala até em apoio a Lula nas eleições
Maioria das siglas governistas vê um cenário ainda incerto e evita se comprometer com nomes colocados como possíveis candidatos em 2018
atualizado
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Embora o Planalto defenda uma candidatura única à Presidência em 2018, a maioria das siglas da base aliada vê um cenário ainda incerto e evita se comprometer com nomes colocados como possíveis concorrentes. Há dirigentes que falam em candidatura própria e até em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele se lance à corrida eleitoral.
No panorama atual, os partidos de centro trabalham, entre os cotados, com os nomes do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). O escolhido, porém, dependerá do cenário político e econômico do próximo ano. Em entrevista na quarta-feira (29/11), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a ideia é construir uma candidatura única entre os partidos da atual base de sustentação do governo Temer para “representar esse legado”.
Essa frente teria de fazer a defesa do legado de Temer. “Tudo vai depender de como a economia estará, como o ‘Fora, Temer’ ficará no próximo ano”, disse o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN).
“Pode ser Alckmin, pode ser Meirelles. Mas não está descartada também uma candidatura própria nossa”, afirmou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele diz que, atualmente, a sigla tem “pouca chance” de apoiar Lula, embora o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), tenha declarado voto no ex-presidente. “(Lula) Foi o melhor presidente para este país, principalmente para o Piauí e para o Nordeste”, disse Nogueira em entrevista à TV Meio Norte, na semana passada. “Lula é o meu candidato a presidente.”
Interlocutores do ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), dizem que ele trabalha no sentido de fechar aliança entre a legenda e Lula. “O PR não descarta apoiar o Lula”, disse o líder do partido na Câmara, José Rocha (BA).
Segundo integrantes da cúpula do PRB, o nome que mais anima hoje é o de Meirelles, mas, ao mesmo tempo, o partido não quer romper pontes com Alckmin.
A indefinição existe, inclusive, no PSD, partido de Meirelles. A prioridade do presidente licenciado da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), é se eleger em uma chapa majoritária, em São Paulo, ao lado do senador José Serra (PSDB). O tucano é apontado como possível candidato à sucessão de Alckmin.
O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), avalia que Alckmin e Meirelles são dois nomes viáveis para serem o candidato do centro.
O PTB foi o único dos partidos até agora que diz já ter fechado apoio a um nome. “Estamos com Alckmin”, disse o primeiro vice-presidente nacional da legenda, deputado Benito Gama (BA).