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Derrotado, Jucá culpa Lava Jato e venezuelanos e diz: “Vou trabalhar”

Senador não conseguiu se reeleger e afirmou que voltará a atuar como economista para viver de salário, porque não é rico

atualizado

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ANDRE DUSEK / ESTADÃO
ANUNCIO DEFICIT 170 BILHOES
1 de 1 ANUNCIO DEFICIT 170 BILHOES - Foto: ANDRE DUSEK / ESTADÃO

Frustrado em sua tentativa de reeleição, o senador Romero Jucá (MDB-RR) jogou a culpa por sua derrota nas urnas no domingo (7/10) na Operação Lava Jato e na crise humanitária que se abateu sobre a Venezuela e atingiu seu estado, Roraima, devido ao aumento do fluxo migratório de estrangeiros na região.

Por uma diferença de apenas 426 votos, o emedebista não conseguiu um novo mandato de senador, ficando em terceiro lugar, atrás de Chico Rodrigues (DEM) e Mecias de Jesus (PRB), que foram eleitos.

“Eu não estarei na linha de frente porque não estarei no Senado, pela primeira vez. Perdi por 426 votos, numa eleição dura, maculada pela invasão dos venezuelanos, pelo corte de energia da Venezuela permanentemente durante a campanha. Então, foi uma campanha com uma conjuntura muito difícil, além dos ataques que sofri durante dois anos pela Lava Jato”, disse Jucá.

Segundo ele, o Ministério Público e a imprensa atuaram contra a classe política e promoveram uma espécie de “linchamento”.

“Tivemos conjuntura contra a política. O que o Ministério Público com o (Rodrigo) Janot fizeram com os outros órgãos foi uma condenação da política, de véspera. Foi um linchamento sem julgamento”, reclamou o parlamentar.

“Eu eventualmente fui atingido por isso, mas não foi o determinante para a eleição em Roraima. O determinante foi a conjuntura grave que o estado está passando e, portanto, essa situação de mau humor em que estava a população toda do estado”, disse.

Ele afirmou que agora “vai trabalhar” para “viver de salário” porque “não é rico”. O plano é voltar a atuar como economista, sua área de formação, a partir de fevereiro de 2019, quando não terá mais mandato.

Eu vou trabalhar. Eu vivo de salário. Eu, diferente do que disseram na imprensa, eu não sou uma pessoa rica, pelo contrário. Então, eu preciso ganhar a minha vida, a partir de fevereiro eu vou trabalhar

Romero Jucá, senador derrotado na votação de 7/10

“Ser líder é uma função. Eu sou economista, conheço a política muito bem do Brasil, portanto vou trabalhar nessa área. Não tem ainda nenhuma perspectiva porque eu sou senador até 31 de janeiro. Até 31 de janeiro, eu vou exercer minha função na plenitude”, concluiu.

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