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Deputado Victório Galli entra na disputa para ser vice de Bolsonaro

O astronauta brasileiro Marcos Pontes e o chefe da Casa Imperial do Brasil, príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, estão na briga

atualizado

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Victorio Galli e Bolsonaro
1 de 1 Victorio Galli e Bolsonaro - Foto: Divulgação

O deputado federal Victório Galli Filho (PSL-MT) ganhou concorrência de peso para assumir a vaga de vice na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. O nome do professor e pastor evangélico foi ventilado durante a convenção da sigla, ocorrida no último domingo (22/7), e reforçado na terça-feira (24), quando ele participou do lançamento da pré-candidatura de Pedro Taques (PSDB) ao governo do Mato Grosso. No entanto, o parlamentar terá de superar o astronauta Marcos Pontes, e o chefe da Casa Imperial do Brasil, príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança nessa corrida.

No evento em que comentou a possibilidade de endossar a candidatura de Bolsonaro, Galli disse a jornalistas ser um “soldado do partido” e ter o melhor perfil, dentro do PSL, para formar uma chapa pura. “Por ser professor, pela ligação com o segmento evangélico e defesa da família e dos valores cristãos”, declarou. O político, anteriormente ligado ao PSC, filiou-se à nova sigla justamente para apoiar o deputado carioca.

Embora tenha topado entrar na missão de tentar eleger o capitão reformado ao Planalto, Galli discordou do possível parceiro em uma pauta polêmica na Câmara Federal. Nas duas votações de denúncias que discutiam a abertura de investigação contra o presidente Michel Temer (MDB), no Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar do Mato Grosso foi favorável ao arquivamento. Bolsonaro, por sua vez, se posicionou pelo prosseguimento.

Caso venha a ser o escolhido, polêmicas que cercam o professor devem vir à tona. O político é um nome dentre os mais de 200 envolvidos na denúncia da “farra das passagens aéreas”, investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre gastos com viagens no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009. Nesse caso, Galli defendeu que era suplente e ter feito uso da cota somente para atividades estritamente parlamentares.

Galli também tem nas costas uma ação civil pública por dano moral coletivo, no valor de R$ 500 mil, movida pela Defensoria Pública do Mato Grosso. Segundo a acusação, declarações do político atentaram contra a dignidade da comunidade LGBTT. Em uma entrevista à Rádio Capital FM, o congressista sugeriu a homossexualidade de personagens da Disney. “Isso é o que eles fazem para enganar as pessoas”, com o objetivo de “destruir famílias”, comentou.

A pré-campanha de Jair Bolsonaro é uma das que têm enfrentado problema para encontrar um vice. Antes favorita a formar a aliança do PSL, a advogada e professora da USP Janaína Paschoal  está praticamente descartada. A indecisão e o pedido de tempo para pensar sobre um eventual “sim” pesaram e desanimaram os correligionários da sigla. O general reformado Augusto Heleno e o senador Magno Malta (PR) também foram sondados, mas recusaram o convite. Agora, a corrida está entre Galli, Marcos Pontes e Luiz Philippe de Orléans e Bragança.

A reportagem procurou a assessoria de Victório Galli por meio de contato telefônico e e-mail, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.

Projetos de lei
O parlamentar do Mato Grosso tem entre seus projetos de lei (PL) um que disciplina a concessão da posse de armas aos caminhoneiros, restrita ao interior do veículo, e outro voltado à regulamentação do paintball, airsoft, no país.

Há também texto que pretende proibir a união estável entre mais de duas pessoas, sejam elas de sexo oposto ou não. Um outro versa sobre a proibição da venda de salgadinhos industrializados e refrigerantes em escolas públicas.

O professor também pretende dificultar o uso de banheiros públicos por pessoas trans, obrigando-as a comprovar tratamento hormonal, cirurgia de mudança de sexo e alteração de nome por decisão judicial transitada em julgado. Em 2016, Galli havia se posicionado contra o uso do nome social de travestis e transexuais nos órgãos da administração pública direta e indireta.

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