Cid Gomes diz que Ciro continuará sendo “do jeito que ele é”
Irmão do pré-candidato o defende das críticas sobre palavrões. Presidente do PDT buscará PSB para oferecer vaga de vice
atualizado
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Coordenador da campanha de Ciro Gomes, o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) disse, nesta sexta-feira (20/7), que seu irmão irá continuar sendo do jeito que ele é, em referências às declarações controversas que teriam sido uma das razões para o recuo do Centrão nas negociações com o PDT.
“Eu sinceramente acho que o povo brasileiro não tolera mais a falsidade e a promessa fácil. O que o Ciro tem feito é ter tido sempre uma postura franca. E isso desagrada alguns. Isso muitas vezes cria problemas e traz antagonismos, mas ele vai continuar do jeito que ele é, franco, sincero, amante, apaixonado e com força para defender o povo brasileiro”, afirmou Cid ao chegar na sede do partido, onde se realiza a convenção da sigla para lançar oficialmente a candidatura de Ciro Gomes
O ex-governador complementou, citando indiretamente o caso envolvendo o vereador Fernando Holiday (DEM/SP), um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL). “Um grande problema da causa negra no Brasil são negros a serviço da Casa Grande. Quando acontece isso no mundo da política, o Ciro denuncia”, disse. O episódio é tido como um dos motivos do desgaste e receio dos partidos do Centrão com Ciro Gomes.
Cid Gomes também minimizou a decisão do bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade de apoiar a pré-candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB. “Nossa prioridade sempre foram partidos do arco progressista, com militância popular. E o PSB, por não ter candidato à Presidência, sempre esteve como nosso principal objetivo. Qualquer outro partido, conversando, entendendo, e se filiando aos princípios que o Ciro tem colocado com muita transparência, são muito bem-vindos”, afirmou.
Vaga da vice
O vice-presidente do PDT, André Figueiredo, informou que o partido deve oferecer ao PSB a vaga de vice na campanha de Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência, como forma de tentar garantir a aliança com os socialistas.
“Sem o Centrão, facilita a negociação com o PSB em torno do vice (O PSB), seria o vice ideal”, explicou. Ele descartou qualquer chance de o partido conseguir apoio do Solidariedade para a campanha de Ciro Gomes.
Depois de a campanha ver o acordo com o Centrão minguar, alguns dirigentes da legenda ainda estavam otimistas sobre a chance de atrair o partido de Paulinho da Força (PDT). Mas Figueiredo considerou este acordo é improvável.
O acordo com o PSB é agora um dos principais caminhos para o partido não ficar isolado na campanha presidencial. Outra frente de negociação está sendo travada junto ao PCdoB, que também mantém conversas com o PT.