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Brasil terá mais deputadas, mas segue abaixo da média latino-americana

Presença feminina na Câmara Federal chega a 15%, mas a média do continente sul-americano e Caribe passa de 28%. País ainda pode melhorar

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
bancada feminina
1 de 1 bancada feminina - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O maior volume de candidaturas femininas na corrida eleitoral deste ano elevou o total de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados. A nova bancada feminina passará a contar com 77 parlamentares na próxima legislatura (2019–2022). O número representa 15% das 513 cadeiras da Casa: nas Eleições 2014, foram eleitas 51 brasileiras, correspondendo a 10% do total de deputados.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 43 dessas candidatas ocuparão posto de deputada federal pela primeira vez.

Das oito cadeiras reservadas a representantes do Distrito Federal na Casa, cinco serão ocupadas por mulheres a partir do próximo ano. Será a bancada brasiliense com a maior participação feminina da história. Em 2014, por exemplo, o DF elegeu apenas uma mulher para a Câmara dos Deputados.

De acordo com a Câmara, em termos absolutos, São Paulo terá o maior número de novas deputadas: 11 mulheres na bancada de 70 parlamentares. Outro fato inédito é que, entre as eleitas, há uma indígena: Joênia Wapichana (Rede) ocupará um dos assentos da bancada de Roraima.

Embora o aumento da bancada feminina na Câmara dos Deputados seja motivo de comemoração – afinal, as mulheres são metade da população brasileira –, atingir 15% de presença de deputadas na Casa ainda deixa o Brasil em posição bastante desfavorável quando comparado a outros países da América Latina e do Caribe. Nessas nações, câmaras de deputados ou únicas (as duas designações são adotadas nessas regiões) têm média de 28,8% de mulheres parlamentares.

Segundo a pesquisa Estatísticas de Gênero – Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, realizada por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste ano, o desempenho brasileiro quanto à equidade de gênero no parlamento é o pior de todos os países da América do Sul, com exceção do Chile, que não informou dados para o levantamento.

Divisão por partido
O PT, do presidenciável Fernando Haddad, foi o partido que elegeu o maior número de deputados para a próxima legislatura: a sigla terá 10 novas parlamentares na Câmara. Depois vem o PSL, de Jair Bolsonaro, com nove eleitas, e o PSDB, com oito.

Abaixo, a composição das bancadas femininas da Câmara, Senado e Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), onde o total de mulheres teve redução, passando de cinco nesta legislatura para três na próxima.

 

Senado
Para o Senado Federal, sete mulheres foram eleitas neste ano, representando 13% das 54 vagas disputadas. São apenas duas a mais do que as vencedoras do pleito de 2014.

De acordo com o Senado, 62 brasileiras disputaram vagas para a Casa na eleição deste ano, em um total de 353 concorrentes.

Pela primeira vez em sua história, o DF contará com uma senadora: Leila do Vôlei (PSB), que recebeu 467.787 votos, 17,76% do total.

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