Bolsonaro se desentende com chefe de segurança e PF avalia troca
Discussão ocorreu após delegado repreender agentes que permitiram o presidenciável colocar o corpo fora do carro para saudar apoiadores
atualizado
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O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se desentendeu, na manhã deste domingo (28/10), com o chefe da equipe de policiais federais responsável pela segurança pessoal do presidenciável, o delegado Antônio Marcos Teixeira. A desavença ocorreu após Teixeira repreender os agentes que permitiram o político colocar parte do corpo para fora do carro da PF a fim de que o militar acenasse para apoiadores ao chegar ao condomínio em que mora, na Barra da Tijuca, após votar no Rio de Janeiro.
Com meio corpo para fora de uma viatura da Polícia Federal, Bolsonaro deixou a escola acenando para apoiadores e ouvindo gritos de “mito”. Aproximadamente 100 eleitores trajando camisas amarelas cercaram a caminhonete onde estava o postulante ao Palácio do Planalto, atrapalhando o forte esquema de segurança que havia sido montado pela PF.
Bolsonaro, após o ocorrido, chegou a dispensar o chefe de sua segurança. Como o candidato não tem poder para decidir se o delegado continua ou não no comando de sua equipe, a situação será avaliada pela Polícia Federal.
Em caso de vitória, Bolsonaro tem o direito de continuar com a segurança da PF até o dia 1º de janeiro de 2019, data da posse. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a Polícia Federal vai aguardar o resultado da eleição para decidir se haverá substituição do titular da segurança do político. Se o presidenciável sair vencedor das urnas, a instituição deve decidir nesta segunda-feira (29) se fará a troca.