Bolsonaro: Mourão foi infeliz sobre nova constituinte e autogolpe
Para o presidenciável do PSL, seu candidato a vice “se adequará à realidade brasileira”. Declaração foi dada ao vivo, no JN
atualizado
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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, classifica como infelizes as declarações de seu candidato a vice, general Hamilton Mourão (PRTB), sobre a convocação de uma constituinte formada por “notáveis” e a possibilidade de um autogolpe feito pelo presidente da República com o apoio das Forças Armadas. O presidenciável deu entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (8/10).
“Ele é general, eu sou o capitão. Mas eu sou o presidente. Eu o desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova Constituinte até por falta de poderes para tal”, declarou Bolsonaro.
Para o presidenciável, Mourão “se adequará à realidade brasileira”. “Precisamos sim termos um governo com autoridade e sem autoritarismo. O que falta ao general Mourão é um pouco de tato e vivência com a política. Ele rapidamente se adequará à realidade brasileira. Eu agradeço a sua participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz. Deu uma canelada”, completou.
O presidenciável abriu a entrevista desmentindo o que chamou de fake news espalhadas durante a campanha e garantiu: não acabará com o Bolsa Família – “Homens e mulheres do Bolsa Família fiquem tranquilos!” – nem aumentará a contribuição do Imposto de Renda. Também agradeceu o apoio do povo nordestino, por ter tido uma votação expressiva, mesmo sendo derrotado por Fernando Haddad na região.
Apoios
Mais cedo, em entrevista ao SBT, Bolsonaro disse aguardar o apoio dos presidenciáveis derrotados Alvaro Dias (Podemos), que é senador, e Cabo Daciolo (Patriota), deputado federal, na disputa pelo segundo turno. Segundo o deputado federal, ele já tinha a simpatia dos parlamentares antes do primeiro turno. “Grande parte dos parlamentares já estava comigo antes das eleições, já que vínhamos trabalhando no varejo”, afirmou.
Além disso, o candidato ressaltou que a sua participação em debates durante o segundo turno depende de liberação médica. O próximo embate entre presidenciáveis está marcado para a próxima quinta-feira (11).