Bolsonaro chora ao vivo. “Achei que era um soco”, diz sobre facada
O candidato à Presidência da República pelo PSL anunciou nas redes sociais que os médicos o autorizaram a falar pela primeira vez
atualizado
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O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) fez uma transmissão ao vivo no Facebook neste domingo (16/9). Foi a primeira vez que o deputado federal falou após ser esfaqueado em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.
Antes de começar falar, o postulante ao Palácio do Planalto chorou e agradeceu aos moradores da cidade mineira por terem salvado a sua vida. “Na hora, achei que era um soco forte no estômago”, falou sobre o golpe. Segundo um post na rede social, a equipe médica do Hospital Albert Einstein autorizou o deputado federal a falar, apesar de ele estar bastante debilitado.
A live foi acompanhada, no momento de mais audiência, por mais de 250 mil pessoas.
– Após atentado Bolsonaro fala ao público pela primeira vez.. Link no youtube: https://youtu.be/FIi1igISOQQ
Posted by Jair Messias Bolsonaro on Sunday, September 16, 2018
A transmissão ao vivo, iniciada pouco antes das 17h, chegou a mais de 250 mil acessos no momento de maior audiência. Com voz baixa e pausada, deitado em uma cama do Albert Einstein, Bolsonaro fez discurso de candidato. “O que está em jogo é o futuro de todos vocês e até de vocês que votam no PT”, afirmou o deputado do PSL, referindo-se à corrida eleitoral.
Na sua pregação antipetista, o presidenciável acusou o adversário Fernando Haddad (PT) de ter planos de libertar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se vencer a disputa pelo Planalto. “Se for eleito presidente, o Haddad assina o indulto do Lula no momento da posse”, atacou.
Na mesma linha, o candidato criticou as relações entre o PT com o governo Nicolas Maduro: “Não podemos continuar flertando com a Venezuela”. Outro tema abordado pelo deputado foi o “controle social da mídia” defendido pelos petistas.
Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) por derrubar a lei que estabelecia o voto impresso para as eleições. Proposta por ele com o argumento de que seria uma medida contra fraudes, a regra foi considerada inadequada pela Corte.
“A possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta”, disse o presidenciável do PSL. “O programa pode inserir 40 votos para o PT na maioria das urnas”, declarou.