Bolsonaro diz que não perdoa agressor e quer que ele “mofe na cadeia”
O candidato do PSL à Presidência da República voltou a criticar o sistema de votação por urnas eletrônicas
atualizado
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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse, nesta terça-feira (9/10), que não perdoa Adélio Bispo de Oliveira, o homem que o atacou com uma faca no dia 6 de setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Eu não perdoo ele (sic) não. Se depender de mim, ele mofa na cadeia. Bandido tem que apodrecer na cadeia. Se cadeia é lugar ruim, é só não fazer a besteira que não vai para lá. Vamos acabar com essa história de ficar com pena de encarcerado. Quem está lá fez por merecer
Jair Bolsonaro (PSL), em entrevista ao site UOL, à rádio Jovem Pan e ao programa Pânico
Bolsonaro afirmou que está “vivo por milagre” e defendeu que a pena de Adélio seja ampliada. “Como não podemos condenar ninguém por prisão perpétua, que, pelo menos, se cumpra 30 anos de cadeia. Vamos acabar com progressão de pena”, indicou. Para ele, o agressor sabia o que estava fazendo e se planejou para atacá-lo.
O candidato do PSL falou como se sente durante a recuperação do ferimento, que provocou hemorragia no abdômen, além de atingir seu intestino. “Tô com mais vontade ainda, pode ter certeza. Essa facada aí me deu uma energia muito forte”, completou.
Urnas
Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a criticar o sistema de votação só por urnas eletrônicas e a defender o voto impresso para evitar riscos de fraude, proposta que constou de projeto de sua autoria aprovado na Câmara em 2015.
O candidato disse ter recebido centenas de vídeos com boletim de votação, em que não teria recebido qualquer voto e outros mostrando que quando o eleitor apertava o número 1 aparecia o 13 – imagens já confirmadas como falsas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro afirmou que a área jurídica de seu partido está pedindo ao TSE que problemas verificados no primeiro turno não se repitam para que dúvidas sobre a lisura do voto não permaneçam. Ele repetiu que respeitará o resultado da votação e e se mostrou confiante na vitória.
Vou respeitar o resultado das urnas, mas, pelo que está acontecendo, ninguém teve até hoje, nem o Lula teve, uma votação tão maciça, no primeiro turno, como eu tive. O pessoal que vota em mim, a quase totalidade, está votando consciente. Ninguém foi cooptado por ninguém. A nossa votação vai ser muito maior que o primeiro turno
Em um recado direto ao seu eleitor, sugeriu que fique atento, fiscalize as seções eleitorais e seja um dos primeiros a votar. Em caso de notar alguma irregularidade na urna, o apoiador deve acionar a fiscalização, um policial militar ou o mesário, para que seja resolvido imediatamente o problema na máquina que apresentar defeito, pediu o presidenciável.
Ativismo
Bolsonaro tentou explicar o que quer dizer quando diz querer acabar com o ativismo no Brasil. Ele afirmou que pretende botar um ponto final no”ativismo xiita que vive, geralmente, de dinheiro de ONG”.
“Nós vamos respeitar o dinheiro público. Tem um grupo de mulheres do PT e o Haddad está distribuindo um montão de memes fake news. Isso é ativismo, dizendo que eu vou acabar com o Bolsa Família, que vou criar CPMF, que vou cobrar imposto de renda do pobre. Esse tipo de ativismo aí”, exemplificou.