Bolsonaro diz que maioridade penal deveria cair para 14 anos
Para presidente eleito, com essa medida “a violência no Brasil tende a diminuir”
atualizado
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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) concedeu entrevista na noite desta segunda-feira (29/10) ao Jornal da Band, quando disse que vai lutar pela redução da maioridade penal no Brasil. E que, por ele, deveria ser reduzida para 14 anos. O projeto que tramita no Congresso estipula a idade em 16 anos.
“Se não for possível para 16, que seja para 17 [anos]. Por mim, seria para 14, mas aí dificilmente seria aprovada. Pode ter certeza que reduzindo a maioridade penal, a violência no Brasil tende a diminuir”, afirmou Bolsonaro.
“Desde que eu cheguei em Brasília, luto pela redução da maioridade penal”, acrescentou o ex-militar. “Era quase impossível, porque a esquerda sempre teve uma força muito grande no Parlamento. Perderam força agora, Talvez consigamos reduzir a maioridade penal. A molecada de 16, 17 anos, que é uma minoria, sempre está na frente dos crimes mais hediondos, porque sabem que, se forem punidos, será por pouco tempo, endo em vista ao Estatuto da Criança e do Adolescente”, completou.
O capitão da reserva também falou de seu plano para a educação, que considera “o ministério mais importante”. “Vamos deixar de lado a filosofia de Paulo Freire e que o futuro ministro seja um grande profissional”, afirmou, ao prometer uma indicação técnica para a pasta.
Segundo ele, a meta é restabelecer a autoridade do professor em sala de aula e que a educação pública deve formar, em vez de militantes, “profissionais capacitados e que colaborem com a economia do Brasil”, ressaltou.
Questionado sobre a ditadura militar, o capitão reformado disse que a população brasileira está começando a entender que “não houve ditadura”, e relativizou a censura a meios de comunicação na época. “O período militar não foi ditadura”, disse.
Escravos da legislação
Também nesta segunda, Bolsonaro concedeu entrevista também à Rede TV News, onde reforçou que vai montar uma equipe de pessoas técnicas e competentes para auxiliá-lo na sua gestão. “Vamos ser escravos da legislação. Errou, paga. Esse é o maior legado que poderemos deixar”, disse.
Sobre a Reforma da Previdência, o presidente eleito adiantou que estará na semana que vem Brasília, quando tentará, junto ao governo Temer, aprovar alguma coisa. “Se não toda a reforma da Previdência, ao menos parte, para evitar problemas para um futuro governo”, afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que vai pedir ao atual Congresso que evite “pautas bombas que aumentem ainda mais esse déficit, sob o risco de o Brasil entrar em colapso”. “As conversas já conversaram. Muitos partidos vieram conversar comigo”, assegurou. (Com informações da Folha de S.Paulo)