Bolsonaro diz que acabará com “coitadismo” de gays, negros e mulheres
Na opinião do presidenciável, que incluiu nordestinos na lista, políticas “afirmativas reforçam o preconceito”
atualizado
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O candidato à Presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista que acabaria com a política de “coitadismo” a nordestino, gay, negro e mulher. O presidenciável ainda disse que as políticas “afirmativas reforçam o preconceito”. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
“Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso”, disse.
Ainda segundo o jornal, o candidato prometeu não perseguir os governadores eleitos pertencentes ao PT. “Não podemos prejudicar o povo do Piauí [cujo governador eleito foi Wellington Dias, do PT], ou qualquer estado que seja, porque tem um governador que não se alinhe ideologicamente conosco. Vamos tratar todos os estados de forma republicana”, declarou.
Para falar do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do próprio jornal Folha de S. Paulo, o candidato subiu o tom. “Ações do MST será tipificadas como terrorismo. Esse pessoal não pode levar terror ao campo”, ressaltou.
Sobre a denúncia do esquema de empresários pagarem por fake news no WhatsApp, feita pela Folha, ele classificou o jornal como duvidoso e afirmou: “Primeiro, a matéria surgiu na Folha de S.Paulo, num jornal de sempre, num jornal que não tem qualquer compromisso com a verdade”, concluiu.