Bolsonaro critica voto de Barbosa: “Se o PT voltar, o Mensalão volta”
Candidato do PSL disse que o ex-ministro do STF destacou que ele jamais votou com o PT. “Se tivesse votado, eu seria réu, não um exemplo”
atualizado
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Em nova live no Facebook,o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, conversou com eleitores neste sábado (27/10), véspera da eleição. E iniciou citando o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que declarou voto em Fernando Haddad. “A gente fica sem entender, né?”, disse o presidenciável. “Se o PT voltar ao poder, essa turma toda, José Dirceu, José Genoíno, todos voltarão e aquele esquema do mensalão que foi desmantelado pelo Barbosa volta ao centro da política brasileira”.
Bolsonaro elogiou o trabalho de Joaquim Barbosa no STF. Ele relembrou que, na ocasião do mensalão, o então relator da ação penal 470 condenou o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoíno. “E botou na cadeia porque eles mereciam. São pessoas que foram pilhadas com corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e os mais variados crimes”, completou.
O presidenciável voltou a ressaltar que Barbosa, quando da leitura do relatório do caso mensalão, disse que “a base aliada do governo votou de forma unânime com o PT, exceto o senhor Jair Bolsonaro, que era o único que não votava com o PT”.
“Cai mais um mito da esquerdalha, que diz que eu sempre votei com o PT no passado. Seu tivesse votado com o PT, hoje eu não seria um exemplo, seria réu na ação penal conhecida como mensalão”, destacou Bolsonaro. “A verdade está posta, está aí: nunca tive qualquer contato ou afinidade cm o PT. Se tivessem estaria sendo processado pelo mensalão”, disse.
Na live, o candidato do PSL mandou um recado para a imprensa, que, segundo ele, estaria colocando que sua gestão não terá governabilidade se não barganhar ministérios com parlamentares. E citou o artigo 85 da Constituição, que coloca que o presidente não pode interferir o livre exercício do Poder Legislativo.
“A partir do momento em que um presidente da República, como no caso do mensalão, compra paramentares para votar de acordo com seus interesses, ele está interferindo no Poder Legislativo. Qualquer presidente que distribua ministérios, estatais, diretorias de banco para conseguir apoio do Parlamento, ele está infringindo o artigo 85”, observou.
Escravo da Constituição
“Quando disse na campanha que não aceitaria o toma-lá-dá-cá, eu disse baseado na Constituição. Por isso que sou escravo da Constituição, que é a maior defesa que eu posso ter para o meu governo. Ela vai nos ajudar na governabilidade”, disse.
Jair Bolsonaro finalizou a live novamente convocando seus apoiadores a ir votar. “A eleição não está ganha”. E apelou para que todos façam um esforço extra, até o momento da votação, para que consiga mais votos.
Mesmo esbanjando otimismo por conta das pesquisas eleitorais que lhe dão grande vantagem sobre o candidato petista, o presidenciável apelou a todos para que não deixem de ir às urnas. “Não tem como eles tirarem mais de 20 milhões de votos em dois dias. E todo o Brasil poderá sonhar com tempos melhores”, concluiu.