Assessor de Lula defende reformas fiscal, monetária e cambial
PT projeta três eixos de recuperação da economia: recuperar emprego e renda, suspender privatizações, além de reformas estruturais
atualizado
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O assessor econômico da pré-campanha presidencial do PT, Guilherme Mello, defendeu nesta quarta-feira (25/7) que o país promova reformas nos sistemas monetário e cambial. As declarações ocorreram em debate promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), na Universidade de Brasília (UnB).
Ele ainda falou sobre o projeto econômico do PT para a eleição deste ano. O partido pretende lançar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, apesar de ele estar preso e ter sido condenado em segunda instância. A proposta de governo, divulgada pelo PT na semana passada, enfatiza três eixos, de acordo com Melo.
“O primeiro é o emergencial, com foco em emprego e renda. O segundo é o de revogações, com foco em casos como o Pré-Sal, a reforma trabalhista, a Emenda Constitucional 95 (Teto dos Gastos), entre outros. Por fim, o eixo das questões estruturais, que envolve as reformas nos sistemas tributário, fiscal, cambial e monetário”, afirmou o professor da Universidade de Campinas (Unicamp).
Melo apontou duas fontes de recursos possíveis para se promover ações com o objetivo de para mudar o ambiente econômico brasileiro: a utilização de reservas internacionais e ainda recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que poderiam, por exemplo, ajudar na retomada de obras paradas. O setor da construção civil registrou perdas nos últimos anos no país.
Ele confirmou a intenção de Lula de suspender processos de privatizações, como os da Eletrobras e do Aquífero Guarani, caso ele venha a ser presidente novamente.
O assessor, contudo, não entrou em detalhes sobre o projeto econômico petista proposto para a eleição deste ano. O economista participou do evento mesmo com a incerteza sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista está preso desde abril em Curitiba (PR). Por sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula cai no filtro da Lei da Ficha Limpa e fica inelegível. O PT insiste na candidatura.