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As mudanças no condomínio de Bolsonaro: casa dele virou “bunker”

Uma tenda do Exército foi montada na varanda do candidato. Às portas do residencial, há venda de souvenirs e bandeiraços

atualizado

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Ana Beatriz Magno/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 casa bolsonaro - Foto: Ana Beatriz Magno/Especial para o Metrópoles

Três coisas mudaram nas últimos dias no endereço mais noticiado do Rio de Janeiro, o número 3.100 da Avenida Lúcio Costa, condomínio de Jair Bolsonaro (PSL), na Barra da Tijuca. Os bonecos de plástico com a cara de Lula Preso já não estão mais expostos com destaque na banquinha na entrada do Vivendas da Barra, o residencial do presidenciável. O souvenir de R$ 10 fica agora no chão, embaixo do cabideiro com as camisas amarelas e pretas de R$ 30 que estampam a cara do candidato. Também desapareceram as camisetas com o rosto de Lula atrás das grades. “Achamos que era fazer propaganda para o PT”, diz um dos vendedores.

Outra mudança é política. Até a semana passada, Jair Bolsonaro mantinha uma aparência de neutralidade na eleição ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, disputado entre o ex-juiz Wilson Witzel (PSC) e o ex-prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM). Agora, na reta final da campanha, o candidato deixou a discrição de lado e gravou vídeo de apoio a Witzel.

O efeito foi imediato na calçada em frente ao condomínio do presidenciável. Agora, dezenas de cabos eleitorais empunham bandeiras do ex-magistrado. Curiosamente, dividem a calçada com militantes de Eduardo Paes (DEM), que gritam 25 e fazem de conta que o ex-juiz não é o candidato do ex-capitão.

Veja imagens da região: 

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O “pixuleco” de R$ 10 praticamente foi abandonado: camisetas vendem mais
O sobrado simples onde o presidenciável mora, com a mulher e a filha caçula, agora é ainda mais protegido e ganhou tenda do Exército na varanda e um banner com o rosto de Bolsonaro
No condomínio onde Bolsonaro mora, rotina antes pacata foi alterada com campanha: administração enviou comunicado com orientações e informando que reforçará segurança no lugar
Acesso restrito, policiais (militares, civis e federais), mídia e vendedores de souvenirs: a rotina do condomínio na “rua da praia” mudou após um dos moradores virar presidenciável
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Camisetas do “mito” são vendidas a R$ 30

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O “pixuleco” de R$ 10 praticamente foi abandonado: camisetas vendem mais

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O sobrado simples onde o presidenciável mora, com a mulher e a filha caçula, agora é ainda mais protegido e ganhou tenda do Exército na varanda e um banner com o rosto de Bolsonaro

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No condomínio onde Bolsonaro mora, rotina antes pacata foi alterada com campanha: administração enviou comunicado com orientações e informando que reforçará segurança no lugar

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Acesso restrito, policiais (militares, civis e federais), mídia e vendedores de souvenirs: a rotina do condomínio na “rua da praia” mudou após um dos moradores virar presidenciável

A terceira transformação na vizinhança de Bolsonaro ocorre dentro do condomínio. A casa do candidato, de número 58 na Rua C (foto em destaque), virou atração para os próprios vizinhos e obrigou a família do militar da reserva a fazer algumas mudanças na residência. Na varanda, foi colocada uma tenda de Exército – de plástico, estampada com camuflagens verdes e marrons. Na garagem, há agora um enorme banner com o rosto de Bolsonaro. A esposa Michelle e a filha caçula, Laura, também não são mais vistas nas ruelas do Vivendas. “Ela é muito discreta e está preservando a filha”, resume uma das vizinhas, moradora da mesma rua do candidato e sua eleitora desde sempre.

Bolsonaro é quase unanimidade no condomínio. Desde o começo da campanha, muitas casas estão com bandeiras do Brasil nas janelas. Nos últimos dias, no entanto, com o crescimento de Haddad nas pesquisas, alguns dos poucos moradores que não votam no vizinho famoso começaram a andar com adesivos do rival petista.

Na noite de sexta-feira (26/10), um morador, professor universitário, entrou no condomínio com uma bandeira vermelha. Manifestantes e seguranças se surpreenderam. Uma moça vaiou e gritou: “Que vergonha, volta para Cuba”. “Não liguei. Ainda estamos numa democracia. Eles estão aqui na frente há dois meses com bandeiras de Bolsonaro. Sempre respeitei. Em geral, há um clima de respeito dentro do condomínio”, contou o professor.

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