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Após críticas, Ciro diz que foi mal interpretado em fala sobre Lula

O presidenciável reclama que suas declarações foram retiradas do contexto para gerar intriga

atualizado

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Ciro Gomes
1 de 1 Ciro Gomes - Foto: Vinícius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles

Após ser criticado por juristas e analistas, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que suas declarações de que, se eleito, colocaria o Judiciário e o Ministério Público de volta em suas “caixinhas” foram tiradas de contexto para gerar intrigas.

Na ocasião, também disse que o o ex-presidente Lula “só teria chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder”.

Ciro contestou a polêmica nesta quarta-feira (25/7), em Ananindeua, no Pará, onde o candidato participou da convenção estadual do seu partido. “Quando eu disse a gente, eu não quis dizer eu. Quis dizer os democratas, os que têm compromisso com o Estado democrático de direito, com o restabelecimento da autoridade, do império da lei que, no Brasil, parece estar completamente deformada”.

Segundo ele, o termo caixinha foi uma figura de linguagem usada para explicar que Judiciário e Ministério Público “não podem se meter em tudo”. “Isso é uma expressão que todo mundo conhece. Só a fraude tenta fazer esse tipo de intriga. No Brasil, está cada um trabalhando fora da sua caixa”, disse o candidato.

Ciro defendeu, ainda, a necessidade de restaurar “o império da lei”. “O Judiciário julga, o Legislativo legisla e o Executivo executa. Não é possível que o Judiciário queira executar. (Não é possível) que no Brasil cada prefeito esteja subordinado ao constrangimento, à humilhação de um jovem membro do Ministério Público que, ainda que de boa fé, deforme reputações, se meta onde não deve. O país não aguenta mais essa baderna”, declarou pouco antes de subir ao palanque.

No dia 20, a convenção nacional do PDT confirmou sua candidatura ao Planalto. Ainda falta definir quem será o vice.

Viagem
Ciro Gomes desembarcou na manhã de quarta-feira (25) em Belém e seguiu para um ginásio no município de Ananindeua, na região metropolitana, onde era esperado por membros do PDT e também pelo prefeito da cidade, Manoel Pioneiro, do PSDB.

Outro convidado especial da convenção do PDT foi o pré-candidato ao governo do Estado pelo DEM, Márcio Miranda. No Pará, o PDT apoiará Miranda, que terá como vice um nome a ser indicado pelos tucanos.

Indagado sobre a aliança, o pedetista afirmou que “o Brasil é uma federação complexa”. No Pará, o objetivo é derrotar o MDB. No Estado, a sigla tem como candidato ao governo o ex-ministro Helder Barbalho, filho do senador Jader.

O PDT negocia também aliança com o PSD, partido apoiador do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que Ciro costuma chapar de golpe. “Se olhar para trás, é quase impossível (explicar a aliança para os eleitores), mas estamos olhando para  frente”.

Ciro foi indagado se as alianças não deixariam os eleitores confusos. Para ele “o povo brasileiro é mais inteligente do que julga o nosso vão jornalismo”.

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