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Antes de apoiar Bolsonaro, Janaína Paschoal criticou presidenciável

No ano passado, a advogada disse, pelo twitter, que não gostava do “tom” do deputado federal

atualizado

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JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
LANÇAMENTO DA CANDIDATURA DE JAIR BOLSONARO PARA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
1 de 1 LANÇAMENTO DA CANDIDATURA DE JAIR BOLSONARO PARA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Hoje aliada do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Janaína Paschoal, a advogada do impeachment, já fez críticas ao postulante ao Planalto no Twitter. Em um post, datado de 24 de novembro do ano passado, Janaína chegou a dizer que não gostava “do tom” do deputado e que ele “haveria de cuidar mais de sua fala”.

Janaína recebeu diversas respostas de eleitores de Bolsonaro criticando sua manifestação. “Não se preocupe dra, os filhos de Bolsonaro falam exatamente a linguagem do povo brasileiro!”, disse uma. Já outro afirmou que Janaína “tinha acordado com o pé esquerdo” naquele dia. “Com todo o respeito, Bolsonaro não é idolatrado pelos meninos, ele é respeitado e admirado por muitos pais de família, que já cansaram da velha forma de fazer política!”, pontuou um usuário da rede social.

Em 12 de novembro do ano passado, Janaína voltou a mencionar Bolsonaro. Nessa publicação, ela afirmou que Bolsonaro precisava ponderar seu discurso e ouvir pessoas que pensam diferente. Foi o mesmo tom usado pela advogada no lançamento da candidatura do deputado.

Janaína afirmou que não vê estes tweets como críticas, “mas como conselhos” ao deputado. “Estão em consonância com o que falei na convenção. E, pelo que tenho observado, ele está cuidando dessas questões”, afirmou

PSL
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, falou que as opiniões de Janaína são de uma “mulher forte”, que pode “agregar” à chapa. “Não sei em que contexto ela disse isso, mas, antes, a impressão que ela tinha do Bolsonaro era formada pela mídia. Hoje, ela o conhece em um contexto melhor”, afirmou.

Nesta segunda-feira (30/7), Bolsonaro se encontrará com Janaína em São Paulo, em uma tentativa de acertar a sua candidatura como vice na chapa. A aliança ficou abalada após Janaína dizer, no lançamento da campanha, que parte de seus aliados tinha “pensamento único” e advertiu que havia a possibilidade de o PSL se transformar em um “PT ao contrário”.

A advogada também pensa diferente do deputado em aspectos como cotas raciais, redução da maioridade penal e sobre a ONU, à qual Bolsonaro faz duras críticas. Bebianno admitiu que as declarações de Janaína na convenção podem ter sido feitas “em um momento não muito adequado”, mas provam que ela é uma mulher de opinião forte.

“Não precisamos concordar em 100%, mas Janaína é uma pessoa aberta ao diálogo, que debate”, disse o presidente da sigla. Já a advogada informou que irá ao encontro “mais para ouvir do que para falar”. “Quero entender exatamente qual a expectativa dele relativamente ao seu vice”, disse a advogada.

Janaína já afirmou que discorda da frase de Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José de Alencar e cotado como vice do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), de que um vice “não manda nada”.

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