Alckmin: “Eu não vou privatizar a Petrobras nem o Banco do Brasil”
“Sempre defendi um Estado menor, e ele vai ser menor. […] O que precisa privatizar é distribuição, transporte e quebrar o monopólio”
atualizado
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Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin garantiu, em entrevista ao Metrópoles, que não irá privatizar a Petrobras. “Eu sempre defendi um Estado menor, e ele vai ser menor. O que houve em 2006 [quando ele concorreu ao Palácio do Planalto] é que, para ganhar voto, o PT mentiu. Não vou privatizar a Petrobras, o que precisa privatizar é distribuição, transporte e quebrar o monopólio. O Banco do Brasil também não vou privatizar”, garantiu.
Economia
O presidenciável destacou ainda como pretende ajudar o país a sair da recente crise econômica. “O nosso tempo é o tempo da mudança, precisamos agir rápido para desburocratizar o Brasil e trazer investimentos para o país.” Sobre a aprovação da PEC do teto de gastos públicos – muito criticada por ele –, Alckmin disparou: “Você precisa é ter governo, e não lei”.
“A lei não corta gastos. Se você tem um teto e não segura custeio e pessoal, vai acabar a capacidade de investimento, e não diminuir o déficit. Em São Paulo, fiz ajustes e nós tivemos um superávit. Se acertar a questão fiscal, os juros podem ser mais baratos e você vai atrair investimento. Sem investimento, não têm crescimento na economia. Assim, o Brasil não vai para frente, anda de lado”, completou.
Questionado se a sua equipe econômica conseguirá segurar a alta do dólar, Geraldo Alckmin mostrou-se otimista. “Eu defendo os juros baixos e, assim, o câmbio vai se adequar. Essa equipe veio para o Brasil crescer e recuperar a confiança do brasileiro. A equipe econômica que está me ajudando é composta pelos pais do Plano Real. Quem fez o dólar R$ 1 por R$ 1 está no partido Novo. Minha equipe econômica está comigo porque o Brasil precisa crescer”, alfinetou.
Reeleição
Ainda durante a sabatina do Metrópoles, o tucano deu a entender que pode não concorrer à reeleição em futuras campanhas. “Nunca fui entusiasta da reeleição. Não vejo como algo essencial, mas acho que é uma possibilidade, sim, um mandato de 5 anos sem reeleição”, explicou.
Sobre uma possível influência negativa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em sua pré-campanha, ele desconversou. “Todos os partidos estão enfraquecidos. Acho que a população vai votar na pessoa, ela não vai votar no partido A, B, ou C. Aquele que ela acha que pode melhorar o país e gerar emprego e renda. Nós vamos crescer, é que a campanha não começou ainda”.