Sem doação de empresas, gastos com campanhas chegam a R$ 2,1 bi
O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, chamou a atenção para o fato de os gastos terem sido menores do que os registrados nas eleições municipais de 2012, quando o valor chegou a R$ 6,240 bilhões
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, informou há pouco que, até agora, os gastos nas campanhas municipais de 2016 somam R$ 2,131 bilhões. Este valor leva em conta apenas as doações de pessoas físicas, já que neste ano as de empresas foram proibidas. Pelas regras, as campanhas têm ainda até três dias para contabilizar as doações referentes a 2016.
Gilmar Mendes chamou a atenção para o fato de os gastos deste ano serem menores do que os registradas nas eleições municiais anteriores, de 2012, quando ainda foi possível às empresas doarem aos candidatos. Naquele ano, o valor chegou a R$ 6,240 bilhões. “Os sinais são de que as campanhas estão mais modestas e isso é um sinal positivo”, comentou Mendes. “As cidades estão mais limpas”, citou.
O presidente do TSE lembrou ainda que o número parcial referente a 2016 corresponde apenas às doações legais. “Não há, obviamente, a captação de caixa 2. Mas também não conseguimos captar em 2012, e a realidade agora, com a investigação da Lava Jato, mostra que o caixa 2 continuou a funcionar em 2012”, afirmou.Abstenções
Questionado sobre as abstenções na eleição municipal, Gilmar Mendes afirmou que “temos tido, não negamos, um índice alto de abstenção, acima de 20%”. “Mas vamos aguardar para ver como será agora”, acrescentou.