“Ele não merecia”, diz mulher de ambientalista achado morto em SP
Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, sumiu no início do mês em uma represa da capital. Laudo do IML aponta marcas em seu pescoço
atualizado
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A mulher do ambientalista Adolfo Duarte, conhecido como Ferrugem, que foi encontrado morto após ficar desaparecido na represa Billings, na zona sul de São Paulo, diz ter ficado “arrasada” com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que apontou uma marca em seu pescoço.
Em nota ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a análise do laudo necroscópico mostrou não haver sinais de afogamento, mas sim de uma asfixia mecânica, que pode ter sido causada por um aperto com as mãos ou mata-leão.
O caso agora é tratado como homicídio qualificado.
“Estou muito triste e desde o começo pedi a Deus que não fosse isso. Ele não merecia. Estou arrasada por ter terminado assim. Queria muito que tivesse sido só um acidente porque eu aceitaria melhor dentro de mim, que tivesse sido uma imprudência, mas que não tivesse sido um assassinato, porque é isso que a gente pensa. Uma comunidade toda está arrasada”, afirmou Uiara Duarte à TV Globo.
De acordo com o boletim de ocorrência, Ferrugem sumiu por volta das 19h30 de segunda-feira (1º/8), após sair da região conhecida como Cantinho do Céu com dois casais para um passeio de barco. O corpo do ambientalista foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na manhã do dia 6 de agosto.
À polícia, o grupo relatou que o dono da embarcação e uma das passageiras caíram na água após um tranco do barco. A mulher foi resgatada com uma boia, mas o ambientalista sumiu na água.
Os quatro jovens foram presos temporariamente nessa quarta-feira (24/8), por policiais do 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias).