“Ele não merece perdão”, diz mulher agredida por comerciante em MG
Edvania Nayara Ferreira Rezende garante que não há justificativa para a agressão sofrida por ela no último sábado (17/12)
atualizado
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“Ele não merece perdão”. Esse é o único pensamento de Edvania Nayara Ferreira Rezende, a mulher de 23 anos agredida covardemente pelo comerciante Luiz Felipe Neder Silva no último sábado (17/12). Em entrevista ao G1, a agente de segurança relembrou as agressões que recebeu do marido da delegada da Delegacia da Mulher de Três Corações (MG).
A violência aconteceu após uma festa em um clube da cidade. “Quando ele veio para cima de mim, eu fiquei com medo. Eu não tinha para onde fugir. Não importa se ele estava bêbado. Não tem como justificar o que ele fez”, garante Edvania. O agressor foi acusado de lesão corporal e, até o domingo (18/12), continuava preso.
Nas imagens, é possível ver Luiz Felipe discutindo e agredindo a esposa dentro de um carro, com socos, tapas e até arrastando-a pelos cabelos. A mulher joga a chave do carro pela janela e Edvania pega. Ele questionou a atuação da agente, os dois discutiram e o agressor deu um tapa com violência no rosto da jovem.
Quando ela caiu no chão, o homem a chutou no rosto. Um segundo agente se aproximou e afirmou que iria chamar a polícia. A mulher ainda se levantou e tentou partir para cima do agressor, mas foi contida por pessoas que passavam pelo local. Enquanto isso, Luiz Felipe continuou a ofendê-la. Ele foi preso minutos depois pela Polícia Militar.
Justiça
Em outra acusação, desta vez em janeiro de 2014, Luiz Felipe responde por ter se envolvido em uma briga e ameaçado um morador da cidade mineira. Em 2011, novamente ele é acusado de lesão corporal: um funcionário dele afirma ter sido agredido com chutes e socos após comunicar a demissão.
Repercussão
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, publicou um texto de apoio à segurança em sua página oficial do Facebook. “Toda a minha solidariedade a Edvania, jovem agredida violentamente por um covarde em Três Corações. Como Edvania, que cumpria bravamente seu papel como agente de segurança, cerca de 130 mil mulheres em Minas Gerais sofrem com a violência de gênero”, escreveu.