“Ela ficou paralisada”, diz irmã de vítima da “doença da urina preta”
Flávia Andrade e a irmã Pryscila foram contaminadas após terem comido um peixe. A veterinária não resistiu e morreu
atualizado
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A irmã de Pryscila Andrade, veterinária que morreu nesta semana devido à síndrome de Haff, conhecida popularmente como “doença da urina preta”, compartilhou vídeo nas redes sociais. Flávia Andrade, de 36 anos, quis esclarecer o que houve de fato após as duas terem consumido peixe infectado.
No vídeo, a empresária relembrou que comprou o peixe, da espécie arabaiana, mais de uma vez, em uma barraca de pescados no bairro do Pina, em Recife (PE), local onde costumava fazer compras com frequência.
Antes do Carnaval, a primeira vez que consumiu o alimento, Flávia contou que estava com duas secretárias do lar. Na segunda vez, além dela e de Pryscila, o filho comeu o peixe também. “Meu filho teve diarreia e as secretárias ficaram com dor nas costas. Eu senti dores no corpo, enjoo, diarreia, e minha irmã ficou com muita dor e falta de ar. Ela ficou com o fígado, os rins e o pulmão com problemas”, disse.
Flávia destacou que também sentiu muitas dores, mas que pensou tê-las sentido após ter visto a irmã passando mal: “Quando a gente foi socorrer Pryscila, ela estava com fortes dores, não conseguia se mexer de tanta dor. Ela ficou paralisada porque não conseguia nem que tocasse nela. Eu também comecei a apresentar os sintomas, fiquei da nuca para o quadril paralisada com muita dor, eu não conseguia mais andar. Eu pensei que fosse um estresse devido à situação, por estar vendo minha irmã daquele jeito”.
A irmã de Pryscila explicou que foi internada no mesmo dia em que ela foi levada à UTI do Real Hospital Português. No consultório, Flávia solicitou à equipe médica que providencie mais material informativo para pacientes, visto que essa é uma doença considerada desconhecida por muitos.
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Relembre o caso
Pryscila Andrade, médica veterinária, foi internada com a irmã depois de ter ingerido um peixe da espécie arabaiana e morreu na terça-feira (2/3), em Recife.
As duas mulheres deram entrada no hospital quatro horas depois de terem comido o alimento. Após análise intensa da equipe médica, foram diagnosticadas com síndrome de Haff, associada à ingestão de crustáceos e pescados.
“Flávia fez um almoço na última quinta-feira e convidou eu e Pryscila. Além de nós, tinha o filho de Flávia, de 4 anos, e duas secretárias. Os cinco comeram o peixe, menos eu. Quatro horas depois, Pryscila enrijeceu toda, teve cãibra dos pés até a cabeça e não conseguia andar. Meu neto, de madrugada, teve dores abdominais e diarreia, e as duas secretárias sentiram dores nas costas”, contou Betânia Andrade, mãe das jovens.
A irmã de Pryscila passa bem e está em casa.
Veja fotos de Pryscila: