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El Niño x La Niña: entenda diferenças entre os fenômenos climáticos

Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña são caracterizados por alterações na temperatura do Oceano Pacífico

atualizado

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Sarah Teófilo
barco atolado no barro em seca do amazonas
1 de 1 barco atolado no barro em seca do amazonas - Foto: Sarah Teófilo

Um relatório do observatório europeu Copernicus apontou que 2023 foi o ano mais quente já registrado, impulsionado pelo fenômeno climático El Niño. No entanto, a expectativa para 2024 é de que os termômetros continuem nas alturas, mas sejam amenizados pela La Niña a partir do segundo semestre.

O Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, confirmou que o El Niño começou em junho do ano passado. O fenômeno climático é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, mais especificamente na Linha do Equador.

O El Niño traz consequências para diversas partes do globo. No Brasil, ele gera um aumento nas temperaturas no Centro-Oeste, seca extrema no Norte e Nordeste, além de chuvas intensas no Sul.

O Amazonas, por exemplo, registrou a pior estiagem da história. Segundo a Defesa Civil do estado, todos os 62 municípios amazonenses acabaram afetados pela falta de chuvas.

O Rio Negro, que é conhecido pelas águas escuras, alcançou a vazante de 13,59 metros. Um sinal das consequências da seca mais severa desde que as medições hidrológicas foram instaladas ao longo do curso de água.

No outro extremo do país, o Rio Grande do Sul sofreu com a passagens de ciclones extratropicais pelo litoral. O fenômeno meteorológico causou estragos por onde se movimentou, desde inundações e quedas de árvores a perdas humanas, com a morte de dezenas de pessoas.

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Barcos na seca do Rio Amazonas, próximo ao município de Benjamin Constant
Chuva mata e causa estragos no Rio Grande do Sul
Chuvas em Santa Catarina
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Jangada encalhada no leito seco do Rio Amazonas em meio à pior seca em 120 anos

Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images
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Barcos na seca do Rio Amazonas, próximo ao município de Benjamin Constant

Secretaria Municipal de Comunicação de Benjamin Constant
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Chuva mata e causa estragos no Rio Grande do Sul

Reprodução/X (antigo Twitter)
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Chuvas em Santa Catarina

Roberto Zacarias / Secom / Defesa Civil SC

A NOAA divulgou que o El Niño deve persistir até meados de abril, quando atingirá o pico. O Brasil deve enfrentar um período de neutralidade nos primeiros meses do inverno, quando as temperaturas estarão mais amenas e há pouca incidência de chuvas.

A La Niña deve começar por volta do segundo semestre de 2024. Diferentemente do El Niño, ela provoca o resfriamento do Oceano Pacífico e causa eventos climáticos inversos no Brasil.

“O fenômeno El Niño é um aquecimento anômalo das águas do Pacífico equatorial. Essa área normalmente é caracterizada por temperaturas do mar mais baixas devido à corrente marítima de Humboldt. Pois bem, a alteração acima de 0,5°C na temperatura dessa região caracteriza o El Niño, e uma alteração abaixo de 0,5°C, La Niña”, explica Gustavo Macedo de Mello Baptista, professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB).

No Brasil, a La Niña é definida pelo aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste e da seca no Sul, já o Centro-Oeste é afetado com queda nas temperaturas.

Em Brasília, a La Niña provocou uma queda inédita nas temperaturas em 2022. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram 1,4ºC na estação meteorológica do Gama, em 19 de maio daquele ano.

Não é possível prever com exatidão quando cada um dos fenômenos climáticos vai ocorrer. No entanto, a La Niña e o El Niño duram em torno de nove a 12 meses.

Vale destacar ainda que os eventos de La Niña são menos frequentes do que do El Niño.

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