Ejaculador é preso de novo após atacar outra mulher dentro de ônibus
Segundo informações da polícia de São Paulo, ele foi contido por passageiros do coletivo na manhã deste sábado (2/9)
atualizado
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Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi preso mais uma vez neste sábado (2/9). Na última terça-feira (29/8), ele acabou detido por ejacular em uma mulher em um ônibus em São Paulo. Segundo informações preliminares da PM paulista, teria praticado ato obsceno contra uma mulher dentro de um ônibus que passava pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio. O suspeito foi contido por volta das 8h por passageiros do coletivo. Eles chamaram policiais militares, que o prenderam..
Diego foi libertado quarta (30), após audiência de custódia. Para o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto, não havia elementos para enquadrá-lo no crime de estupro, pois ele entendeu não ter havido violência na ocorrência, posição que contou com a concordância do promotor Márcio Takeshi Nakada. Na sentença, o magistrado afirmou que não viu possibilidade de enquadrar Novais por estupro por não ter havido “constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça” no caso.
O pai de Diego defendeu a prisão do filho. “É perigoso que uma pessoa dessa fique solta, e o delito que ele pratica não é justo”, criticou o aposentado, de 65 anos, que preferiu não se identificar ao ser entrevistado pelo Jornal do SBT.
“Em casa não posso ficar com ele. Ele é muito forte e agressivo”, descreveu. Desde que Novais foi solto, o paradeiro dele era desconhecido. “Acho que viajou pra Bahia. Se ficar aqui os caras matam ele”, contou o pai, que estava acostumado a receber o filho na periferia da zona sul de São Paulo, onde mora.
Em 2009, aos 19 anos, o ajudante-geral foi detido pela primeira vez, na delegacia da Lapa (zona oeste). Depois, novos registros começaram em 2011 e vão até o caso de terça-feira. Por duas vezes, ele foi preso por flagrante de estupro. Mas os casos acabaram enquadrados como ato obsceno e Novais foi solto, como ocorreu nesta semana.
Depoimento de vítima
O modus operandi de Diego Ferreira Novais é o mesmo: dentro do ônibus, ele se aproxima da vítima, mostra o pênis e, eventualmente, passa o órgão nela ou ejacula. A história de uma das vítimas dele se destaca. G., de 24 anos, sofreu assédio sexual da mesma forma que todas as outras, em março, na Avenida Paulista. A jovem e seu agressor foram ao Juizado Especial Criminal na segunda-feira (28) para depor — um dia antes de ele assediar a outra moça.
Ela narrou o episódio ao jornal “O Estado de S. Paulo”. “De repente, senti uma coisa no meu ombro, no meu braço. Olhei e ele estava passando o pênis em mim. Fiquei em choque, não consegui gritar”, relembrou G. Ela acrescentou que relatou ao motorista sobre o abuso e o pediu para fechar as portas e chamar a polícia.
Porém, o agressor forçou uma das portas e escapou. “Acho que, como ele não tinha fechado a calça, não conseguiu correr direito. As pessoas do ônibus foram atrás dele, que saiu pelo meio dos carros na Avenida Paulista”, contou. A vítima recordou que recebeu amparo de outra jovem, que também havia sofrido abuso sexual.
“A sensação que dá é que minha palavra não serviu para nada”, lamenta. “Eu não sou ‘punitivista’ nem acho que ele deveria pegar uma sentença longa por esses crimes, mas também não pode continuar fazendo isso com mulheres. É muito frustrante.”
A jovem sugere alternativas, caso a sentença de ato obsceno se confirme, como o juiz determinar atendimento psicológico ao agressor.