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Zero etarismo: Instituto J&F valoriza experiência de todas as gerações

Com a política do zero etarismo, o instituto possibilita troca geracional que proporciona aprendizados mútuos

atualizado

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Pauta zero etarismo
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A diversidade etária dentro das empresas chama a atenção para a importância de reconhecer que cada geração possui conhecimentos específicos que contribuem para o crescimento e inovação do ambiente profissional. O etarismo, termo que remete ao preconceito com base na idade de uma pessoa, ocasiona perdas valiosas para o mercado de trabalho.

Com a iniciativa de diminuir essa intolerância e com a consciência de que a troca geracional proporciona aprendizados mútuos, o conceito de zero etarismo se tornou comum nos corredores e salas de aula do Instituto J&F.

No instituto, entre os colaboradores, 25% têm mais de 50 anos; entre as lideranças, 42%; entre os professores, 50%; e, na diretoria, 100% dos profissionais estão nessa faixa etária, com metade deles tendo mais de 60 anos.

Leda de Aguiar, 68 anos, é professora de inglês no J&F e conta que o ganho dessa inclusão é mútuo. Ao mesmo tempo que tem muito a ensinar, também aprende muito com essa diversidade de gerações.

“Aqui na escola, convivemos com três ou quatro gerações diferentes, e elas trabalham bem juntas. É muito mais do que a inclusão da idade; é a inclusão de ideias, opiniões, vivências e experiências. Isso torna o aprendizado em algo muito mais rico. Está aí o segredo de um produto final bem construído, onde todos aprendem.”

A professora ainda se lembra da entrevista de admissão no instituto há 12 anos. A imagem da caneta circulando sua idade no currículo ficou marcada na memória. “Naquele momento, pensei que já estava fora, mas foi o contrário; saí com a vaga de professora de inglês.”

No dia a dia como profissional, Leda conta que se sente extremamente respeitada e valorizada por seu trabalho e por ter construído uma carreira comprometida com o amor que tem por ensinar.

“Sou extremamente respeitada e não tenho vantagem nenhuma por ter meia idade. Todos sabem que não sou melhor que ninguém, mas valorizam muito minha experiência e o que eu tenho a agregar para o instituto e para os meus alunos.”

Adalci Farias, de 57 anos, é coordenador de campo do Instituto J&F e, assim como Leda, não tem dúvidas de que está constantemente aprendendo enquanto ensina. “Essa diferença de idade, junto com a particularidade de cada um, gera experiências que servem de aprendizado para eles e para mim também. É muito legal viver essa diferença de idade. Eu tento contribuir na vida deles da mesma forma que contribuo na dos meus filhos.”

Das vivências diárias com os alunos, ele destaca uma experiência engraçada com um estudante que o fez andar 10 km. “Eu tinha acabado de chegar ao instituto e precisava levar ele para a aula prática em uma das lojas. No entanto, ele não queria ir de carro, e eu topei a ideia de ir com ele a pé. Só que, quando o cansaço bateu, percebi que já tínhamos andado 10 km. Foi muito cansativo, mas muito legal me exercitar e fazer um trajeto que fugia da rotina”, conta, aos risos.

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Adalci e a aluna Helena dos Santos
Leda com as alunas Ana Clara e Luana
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Adalci e Leda afirmam que aprendem muito com seus alunos

Pedro Costa Lobo
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Adalci e a aluna Helena dos Santos

Pedro Costa Lobo
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Leda com as alunas Ana Clara e Luana

Pedro Costa Lobo

O coordenador também diz que é muito legal compartilhar com os estudantes seus conhecimentos comerciais adquiridos ao longo de 30 anos.

“Eu conto essas histórias para eles, e juntos percebemos que há coisas que não mudam e que eles podem usar até hoje. Eu sempre digo a eles que o segredo é continuar dando o melhor de si e buscar pessoas que os puxem para cima nesse caminho. E eu fico feliz de ser uma dessas pessoas.”

Quando o assunto é descrever a sensação de contribuir para a vida e formação de tantos jovens, ele diz que a palavra que melhor resume essa experiência é: realização. “Já me falaram que eu ensino a eles e, no futuro, eles podem virar meus chefes. E eu digo que não há orgulho maior do que ser liderado por jovens que ajudei a formar no mercado de trabalho.”

 

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