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Profissional em agrimensura explica importância do ensino técnico

Profissional em agrimensura foi a primeira Mulher Trans a Conselheira Regional pelo Sistema Confea/Crea no Crea-DF

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1 de 1 agrimensura - Foto: Getty Images

A educação profissional e tecnológica tem vivido um crescimento no Brasil. O Censo Escolar 2023, divulgado em 22 de fevereiro deste ano, evidenciou um crescimento de 12% nas matrículas entre 2022 e 2023.

Ana Szervink Bernardes foi a primeira mulher transgênera com formação técnica de nível médio a ser a Conselheira Regional pelo Sistema Confea/Crea no Crea-DF. Nativa de Alto Paraíso (GO), ela foi aluna de escola técnica de nível fundamental e médio e hoje soma um currículo extenso em cursos técnicos.

Um dos cursos é em agrimensura, onde Ana afirma ter caído de paraquedas.

“Eu trabalhava na parte de projeto de engenharia na prefeitura. Um colega que trabalhava na parte de agrimensura de campo me chamou para ajudar ele a fazer os projetos. Na época, eu não gostava muito dessa área, mas fui me apaixonando e ele me ensinou o ofício da área de agrimensura legal”, conta.

O curso em agrimensura permite ao técnico realizar levantamentos e implantações topográficas e geodésicas, realizar cálculos de volumes de corte e aterro e medir e demarcar terras para projetos de construções civis. Cabe ao profissional também interpretar fotografias aéreas e elaborar documentos cartográficos.

A paixão pela área trouxe Ana para Brasília (DF). De início, ela começou na área de rastreamento de dados como técnica em telecomunicações de nível médio, depois foi se especializando como técnica em meio ambiente e assim chegar na agrimensura.

Ela reconhece e enfatiza a importância do acesso ao nível técnico, inclusive, para a própria profissão. “Eu trabalho muito na questão de fortalecer o ensino técnico até porque isso reduz o exercício ilegal da profissão. Muitos profissionais que não tem condições de estudar em uma instituição acaba já atuando na área técnica, mas como um profissional prático, sem a base técnica e teórica”, explica.

Como mulher trans, Ana também se dedica dentro da profissão a lutar pela equidade de gênero e ser resistência ao preconceito que assola o ambiente profissional.

“Eu já tive inúmeras situações de preconceito, mas não me arrependo de nada, estou brigando e vou brigar muito ainda pelo meu espaço”, conta a técnica.”

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