Curso técnico: como é ser professor na área e quais os requisitos
O processo para se tornar professor de nível técnico varia entra as instituições e muitas vezes exige qualificação na área pedagógica
atualizado
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Dados do Censo Escolar 2023 indicam que o Brasil teve um crescimento de 12% no número de matrículas no ensino técnico profissionalizante. Para além dos benefícios dos alunos que buscam uma profissionalização, surge uma demanda fundamental na área: a de professor.
A necessidade de formar professores para o ensino técnico leva à seguinte pergunta: quais são os requisitos necessários para se qualificar e assumir as salas de aula?
A verdade é que no ensino técnico os requisitos variam muito. Eles dependem da instituição e do curso, por exemplo. É mais comum a exigência da formação superior na área de atuação do curso técnico, mas isso não é uma regra. Além diss, alguns cursos técnicos chegam a exigir até uma complementação pedagógica.
Ana Claudia Braga é formada em design de moda e há quatro anos é professora de cursos qualificadores de moda no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Apaixonada por lecionar, ela explica que para se tornar professora de nível técnico ela precisou passar por avaliações e cumprir requisitos.
Existem processos seletivos, que são mini concursos, e há também contratações específicas, mas tem que ter os pré-requisitos para a área que você vai trabalhar e vai ser instrutor. No meu caso, precisei ser formada em design de moda, ter experiência prática e também na área de educação. Passei pela prova escrita, fiz uma entrevista e uma prova prática onde eu dei uma aula. Também tive que fazer uma modelagem”, explica a professora.
Diferenças entre os cursos
Os cursos de qualificação profissional, conhecidos também como profissionalizantes, são diferentes de cursos técnicos. No curso técnico, o aluno recebe o diploma técnico, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e que o habilita a exercer a profissão. No profissionalizante, ele recebe um certificado de conclusão que atesta que ele adquiriu determinada habilidade ou conhecimento.
A duração e a carga horária do profissionalizante é menor, mas eles também são voltados para o mercado de trabalho, tanto pelo conteúdo prático quanto teórico. Ana Claudia relata que eles são preparados para direcionar o aluno para a realidade do mercado, desde os maquinários até o conhecimento dos tecidos.
“Mesmo tendo muita prática, a gente preza por uma parte teórica muito grande, para que o profissional saiba opinar e oferecer soluções. Então, isso é muito importante. Ele não vai simplesmente sentando na máquina e costurando uma peça. Ele vai saber o porquê do tecido, o tipo de tecido, de onde veio esse tecido e de todo o processo da construção da peça e suas etapas”, explica.