Após sofrer acidente, estudante busca carreira técnica em hemoterapia
O erro na transfusão de sangue fez com que Alessandra Batista buscasse se especializar na área da hemoterapia
atualizado
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Os cursos técnicos também são uma grande oportunidade para a entrada em áreas de grande importância para a saúde pública. Uma dessas áreas é a hemoterapia.
O técnico em hemoterapia atua em bancos de sangue, hospitais e laboratórios de análises clínicas, empresas e indústrias de produtos de hemoderivados (produtos obtidos a partir do fracionamento do plasma por processos físico‑químico).
O técnico em hemoterapia é responsável por realizar várias etapas importantes da doação de sangue, inclusive os testes que garantem a segurança do material coletado.
A experiência de uma transfusão de sangue com incompatibilidade após um acidente levou Alessandra Batista, de 44 anos, a fazer o curso no Serviço de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (Senac-DF).
“Eu fiquei em coma nove dias, e no momento da transfusão, colocaram um sangue que não era compatível com o meu e eu tive reação. Mas tive sorte de não ter tido complicações maiores. Isso me despertou curiosidade sobre a área e me fez estudar sobre o sangue.”
Mas não foi só isso que fez a estudante buscar o curso técnico. Durante anos, ela dedicou sua vida para a criação dos filhos, e aos 44 anos, a necessidade de transformação veio através dos estudos.
“Sempre estive 100% à disposição dos meus filhos e agora eles cresceram. Depois de ter ficado em coma, eu comecei a ter vontade de estudar, e com isso surgiu a oportunidade de fazer o curso técnico de hemoterapia e de análises clínicas.”
Atualmente ela faz os dois cursos, mas afirma que a hematologia é o caminho que ela quer seguir como profissão. Alessandra conta que ao longo dos estudos, e com sua experiência pessoal, percebe a importância do profissional na área da saúde. “Eu percebi que você tem que ser muito responsável e ter um olhar sempre atento. Não se pode ter dúvidas, porque um erro pode custar uma vida, como quase custou a minha.”
O curso técnico veio como uma esperança, segundo Alessandra. A impressão de estar se sentindo velha a impedia de perceber que a idade não significa nada e que nunca é tarde para aprender. “Eu consigo ter uma uma esperança de que eu estou agregando mais conhecimento para mim, e que nunca é tarde para recomeçar.”