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Weintraub será acionado na Justiça por acusações a universidades

Ministro terá que dizer onde estão “plantações extensivas” de maconha e “laboratórios de drogas sintéticas” que citou em entrevista a site

atualizado

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Margarida Salomão - Metrópoles
1 de 1 Margarida Salomão - Metrópoles - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), emitiu nota oficial nesta sexta-feira (22/11/2019) criticando o que chamou de “declarações absurdas, irresponsáveis e levianas” do ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista ao site Jornal da Cidade Online divulgada nesta quinta-feira (21).

No trecho antecipado pelo site, chamando para a entrevista inteira a ser exibida no domingo (24/11/2019), o ministro afirma, sem dar nomes ou oferecer provas, que as universidades federais são “verdadeiras madraças [escolas islâmicas acusadas em muitos lugares de formação de extremistas e terroristas] de doutrinação”; abrigam “extensivas plantações de maconha”; e contam com “laboratórios de desenvolvimento de droga sintética (…), metanfetaminas” nas faculdades de química.

O texto também antecipa que serão adotadas “as medidas cabíveis para que o ministro esclareça as declarações e acusações sem lastro na realidade”, começando por uma interpelação judicial para que Weintraub ” esclareça se, de fato, tem conhecimento das circunstâncias, locais e fatos onde ocorrem ou ocorreram os supostos fatos denunciados; como obteve essas informações; e o motivo pelo qual não apresentou denúncia ou comunicação oficial aos órgãos e autoridades competentes”.

Na esfera legislativa, a deputada Margarida Salomão vai apresentar, nas comissões parlamentares devidas da Câmara dos Deputados, requerimento de convocação do ministro Weintraub..

“A deputada Margarida Salomão repudia ‘os ataques incessantes, recorrentes e de todas as ordens proferidos por este ministro da Educação e pelo governo contra as universidades públicas responsáveis pela produção de conhecimento e pensamento no país’”, prossegue a nota da coordenadora da frente. “Também apoia as iniciativas da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que informou a adoção de providências jurídicas para apurar eventual cometimento de crime de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação por parte do ministro.”

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