Marcos Corrêa/Presidência da República e Gustavo Moreno/Metrópoles
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- Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República e Gustavo Moreno/Metrópoles
O ex-ministro Abraham Weintraub (PMB) usou as redes sociais, nesta terça-feira (26/4), para ironizar o episódio de disparo acidental de arma de fogo envolvendo o também ex-titular do Ministério da Educação Milton Ribeiro. O caso aconteceu no embarque de Ribeiro, no Aeroporto Internacional de Brasília.
Em seu perfil no Twitter, Weintraub afirmou, em tom de ironia, que Milton “foi fazer uma oração no aeroporto” e que o ex-ministro “devia utilizar as novas bíblias compradas pelo esquema dos pastores no MEC”.
“Pode apostar, vai aparecer mais coisa errada dessa turma do Centrão. O presidente disse que colocava a cara no fogo pelo Milton. Eu não colocaria meu dedo mindinho”, publicou o candidato ao governo de São Paulo, usando uma fotografia de um revólver escondido dentro de uma Bíblia falsa.
Veja:
O Milton foi fazer uma oração no aeroporto. Devia utilizar as novas Bíblias compradas pelo esquema pastores/MEC.
Pode apostar, vai aparecer mais coisa errada dessa turma do Centrão.
O Presidente disse que colocava a cara no fogo pelo Milton.
Eu não colocaria meu dedo mindinho. pic.twitter.com/CSTHsr1fDO
Milton Ribeiro, nascido em 1958, é advogado, pastor, professor e teólogo brasileiro. Natural de São Vicente, em São Paulo, é ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR
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Antes de virar ministro, Milton Ribeiro já colecionava uma série de polêmicas. Em uma delas, postou no canal que tinha no YouTube palestra em uma Igreja Presbiteriana, em 2016. À época, afirmou apoiar o castigo físico em crianças
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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“Essa ideia que muitos têm de que a criança é inocente é relativa. Um bom resultado não vai ser obtido por meios justos e métodos suaves”, disse. Segundo ele, as crianças “devem sentir dor”. Um dia após tomar posse no Ministério da Educação, no entanto, retirou o vídeo da plataforma e, mais tarde, afirmou nunca ter falado sobre o assunto
Reprodução/YouTube
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Em 2018, o ex-ministro afirmou que universidades incentivavam alunos a fazerem “sexo sem limites”. “Para contribuir ainda mais, em termos negativos, para o sexo veio a questão do existencialismo. Não importa se é com homem ou mulher”, disse. “É isso que eles estão ensinando para os nossos filhos na universidade”, completou
Reprodução/Redes Sociais
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Além disso, Ribeiro afirmou que universidades devem ser para poucos e que reitores de federais não podem ser “esquerdistas” ou “lulistas”. “Eu acho que reitor tem que cuidar da educação e ponto final, e respeitar quem pensa diferente. As universidades federais não podem se tornar comitê político de um partido A, de direita, e muito menos de esquerda”, relatou
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Durante a pandemia, Milton também criticou professores que defendiam a vacinação de crianças para o retorno das aulas. “Infelizmente, alguns maus professores fomentam a vacinação deles, que foi conseguida. Agora, querem a imunização das crianças. Depois, com todo o respeito, para o cachorro, para o gato. Querem vacinação de todo jeito. O assunto é: querem manter escola fechada”, disse
Isac Nóbrega/PR
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No fim de 2020, Ribeiro alegou que a nota do Enem de 2021 não poderia ser utilizada para o Sisu, Prouni ou Fies. Segundo ele, para ter acesso aos programas, era necessário utilizar notas de exames anteriores. Após manifestações contrárias, o Ministério da Educação negou as falas do chefe
Fábio Rodrigues/Agência Brasil
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Durante uma entrevista, Milton Ribeiro relacionou a homossexualidade a “famílias desajeitadas”. “Acho que o adolescente, que muitas vezes opta por andar no caminho do 'homossexualismo' (SIC), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, afirmou
Isac Nóbrega/PR
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Em 2021, quando ainda era ministro, declarou que a inclusão de alunos com deficiências na mesma turma que alunos sem deficiências “atrapalhava o aprendizado dos outros, porque a professora não tem equipe e não tem conhecimento para dar atenção especial”. Segundo ele, “existem crianças com um grau de deficiência que é impossível a convivência”
Reprodução/Tv Brasil
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No início de 2022, um áudio onde Milton Ribeiro afirma priorizar repasses da Educação a determinadas prefeituras e a pedidos do presidente Bolsonaro ganhou o noticiário. Apesar de, logo em seguida, negar a existência de irregularidades, bem como o envolvimento de Bolsonaro, Ribeiro passou a ser objeto de pedidos de investigação
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o então ministro
Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Entenda
Uma funcionária da companhia aérea Gol, cujo nome não foi revelado, acabou atingida por estilhaços que partiram do disparo da arma de fogo do pastor e ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, no Aeroporto de Brasília, na segunda-feira (26/4). Ao Metrópoles a empresa informou que a colaboradora está bem e não precisou ser hospitalizada.
Milton Ribeiro relatou à PF que, por volta das 17h, seguiu diretamente para o balcão da empresa aérea Latam, por já ter feito, via internet, o despacho da pistola. Ao abrir a pasta de documentos, o ex-ministro pegou a arma para retirar o carregador e o disparo ocorreu.
Segundo o ex-ministro, a pasta era pequena e guardava outros objetos. Assim, havia pouco espaço para manusear o equipamento. “O declarante, com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental”, diz a declaração da defesa de Ribeiro.
O projétil atravessou o coldre e a pasta, e se espalhou pelo chão. O documento ainda menciona que o ex-ministro perguntou se alguém havia sido atingido pelos estilhaços, mas ninguém se manifestou.
Após o incidente, Milton Ribeiro foi levado à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde prestou esclarecimentos.
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