Vestibular da Unicamp aborda racismo, feminismo e questões de gênero
Prova deste domingo (19), aplicada em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza, foi realizada por 76.225 candidatos
atualizado
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Uma das mais concorridas seleções do país, o vestibular da Universidade de Campinas (Unicamp) trouxe em sua primeira fase questões sobre racismo, femininos e questões de gênero, além de temas da atualidade, como a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) e Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Aplicada neste domingo (19/11) em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília, a prova foi realizada, segundo a instituição, por 76.225 candidatos. O índice de abstenção foi de 9,02%. O gabarito com o resultado oficial deve ser divulgado na próxima quinta-feira (23).
Nas 90 questões aplicadas na primeira fase do vestibular, a temática do racismo foi abordada em diferentes disciplinas – o exame ocorreu na véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado no Brasil nesta segunda (20). Em um item de português, a prova exigiu a interpretação de versos do poema “Olá, Negro!”, do escritor Jorge de Lima. Publicado em 1947 na compilação “Poemas Negros”, o texto trata da influência do escravo na cultura brasileira.
Itens envolvendo o movimento feminista e questões relacionadas à identidade de gênero também caíram na prova deste domingo. Uma questão de inglês trazia dois diferentes desenhos sobre a problemática do uso de banheiros públicos por transsexuais e travestis. Outros temas como Brexit e o Acordo de Paris também foram abordados no vestibular.
As provas deste domingo podem ser acessadas pelo site da universidade. A lista de aprovados na primeira fase será divulgada pela Unicamp no dia 11 de dezembro, bem como os locais de prova da segunda etapa.
Prova difícil
Embora tenham predominado os temas atuais, candidatos que prestaram o exame em Sorocaba, interior de São Paulo, consideraram difícil a primeira fase do vestibular da Unicamp. “Foi uma prova complexa, com uma quantidade grande de questões que exigiam bastante análise”, disse a candidata Letícia Maria Monteiro Guedes Ribeiro, de 18 anos.
As questões de física foram as mais complicadas, segundo ela. “Prestei Unicamp também no ano passado, mas neste ano foi seguramente mais difícil. Fiz também a prova da Unesp, mas esta estava mais complicada”, acrescentou Letícia. (Com informações da Agência Estado)