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Universidades e associações ainda analisam retorno de aulas presenciais

Ministro da Educação divulgou que volta aos campus está marcado para o dia 1° de março de 2021. Entidades veem dificuldades

atualizado

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UnB
1 de 1 UnB - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou na noite dessa segunda-feira (7/12) o retorno das aulas presenciais nas universidades federais para o dia 1º de março do próximo ano.

A Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes) avalia como positivas as mudanças feitas pelo ministro, pois trazem “mais clareza, mais flexibilidade e mais autonomia para as instituições planejarem a volta às aulas”.

Para o diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier, “as instituições agora têm um horizonte mais realista para organizar a volta às aulas presenciais, cumprindo os protocolos de biossegurança e garantindo o retorno seguro e gradual, de acordo com as normas das autoridades locais”.

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Universidade de Brasília
Algumas universidades preferem manter as aulas on-line para segurança dos alunos
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Milton Ribeiro, ministro da Educação

Andre Borges/Especial para o Metrópoles
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Algumas universidades preferem manter as aulas on-line para segurança dos alunos

Michael Melo/Metrópoles

Edward Madureira, presidente da Andifes, entidade que representa os reitores das universidades federais, afirmou que a prorrogação das aulas remotas permite que as universidades adequassem os calendários e orçamentos para a reabertura das salas de aulas.

“Todos nós somos unânimes em dizer que queremos voltar às aulas presenciais, desde que garantida a segurança”, afirmou. “Mas existem questões: não posso colocar 40 alunos dentro de uma sala de aula, precisa ser 15 (cerca de 30%). Isso vai triplicar os custos com professores, limpeza”, estima

Um dia após a publicação da portaria, reitores e Milton Ribeiro se reuniram para definir a volta às aulas presenciais nas instituições de ensino superior federais.

Em nota, a Universidade Federal da Bahia reafirmou “que não colocará em risco a vida de sua comunidade, nem deixará de cumprir, com autonomia, sua missão própria de ensino, pesquisa e extensão.”

A UFBA frisou que “tal oferta de componentes não poderá ocorrer em condição de normalidade, haja vista a impossibilidade de plena retomada das atividades presenciais e a insuficiência de recursos para provimento da oferta normal em regime não presencial”.

A Universidade de Brasília, também em nota, disse que ainda avalia o conteúdo da portaria n. 1038. “A UnB possui um Plano de Retomada das Atividades, que prevê retorno gradual, escalonado e seguro, com base na avaliação do cenário epidemiológico do DF e do Brasil”, afirmou.

“Os conselheiros farão nova avaliação do cenário epidemiológico na semana de 10 a 16 de janeiro, para verificar a possibilidade de realização de algumas atividades em modo presencial”, escreveu.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) destacou que a ciência será a diretriz para decidrir o melhor momento para a volta às aulas presenciais.

“Todos somos favoráveis à volta às aulas presenciais, mas é preciso destacar que isto só será possível na UFRJ quando houver baixa transmissibilidade do novo coronavírus nas cidades onde há oferta de cursos da Universidade para que haja segurança da comunidade acadêmica e da sociedade fluminense”, escreveu a assessoria.

A UFRJ compreende que mesmo com a nova data para março, ainda não é possível saber como estará o nível de contágio. “A estipulação de uma data para retorno às aulas presenciais simboliza tão-somente um desejo, mas não necessariamente uma realidade objetiva, porque ainda não é possível saber ao certo qual será a situação de contágio da pandemia em março de 2021”, conclui.

 

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