Universidades citadas por “balbúrdia” evoluíram em ranking mundial
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou corte de recursos para UnB, UFBA e UFF
atualizado
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As três universidades que tiveram verba cortada pelo Ministério da Educação (MEC) por suposta “balbúrdia” melhoraram a posição no principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE). O resultado desse indicador contraria afirmação do ministro de que elas tiveram piora no desempenho acadêmico nos últimos anos.
O ministro Abraham Weintraub disse que a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) tiveram repasses reduzidos porque teriam permitido eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas em suas instalações. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.
O ranking da publicação britânica THE, um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que UnB e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição. Na classificação das melhores da América Latina, a UnB passou da 19ª posição, em 2017, para 16ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71ª para 30ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45º.
Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. Sendo que UnB e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.
As três universidades também estão entre as 20 instituições do País com maior produção científica, segundo relatório produzido pela Clarivate Analytics, uma das mais prestigiadas equipes de análises de dados científicos do mundo, para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O relatório mostra que Unb e UFBA estão entre as instituições do país com o maior porcentual de papers entre os 10% mais citados do mundo. Do que foi produzido pelas universidades, 6,1% e 6,88%, respectivamente, estão nessa categoria. Já a UFF, tem uma das mais altas taxas de colaboração com a indústria, com 30,4% dos papers que produziu.