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Universidade de Pelotas adota cotas para mestrado e doutorado

Todos os 44 cursos de pós-graduação da UFPel vão reservar 25% das vagas para ações afirmativas. Medida já é adotada por outras universidades

atualizado

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Divulgação/UFPEL
Campus porto da Universidade Federal de Pelotas
1 de 1 Campus porto da Universidade Federal de Pelotas - Foto: Divulgação/UFPEL

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) aprovou, nesta quarta-feira (26/4), a destinação de 25% das vagas dos cursos de pós-graduação (mestrado, doutorado e especializações) a indígenas, deficientes físicos e afrodescendentes. O sistema de cotas será implementado imediatamente e passa a valer nos próximos processos seletivos.

A medida foi aprovada por unanimidade pelo conselho universitário da UFPel. A universidade conta com 44 cursos de pós-graduação e o de educação física será o primeiro a testar alunos nesse novo sistema, em junho. A distribuição das vagas, em todos os cursos, será de 20% para cotas raciais e 5% a deficientes físicos.

“O objetivo é garantir uma maior diversidade. As cotas chegaram na pós-graduação como consequência do trabalho feito na graduação. A universidade era elitista e as cotas permitiram o acesso a todos”, comemora Flávio Fernando Demarco, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Pelotas.

A medida não é inédita. Em 2015, a Universidade Federal de Goiás (UFG) foi a primeira instituição pública de ensino do país a adotar cotas na pós-graduação. A reserva de vagas foi seguida também por outras universidades federais, entre elas da da Bahia (UFBA), do Espírito Santo (UFES), do Piauí (UFPI), de Mato Grosso (UFMT), de Alagoas (UFAL) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na capital, a Universidade de Brasília (UnB) incorporou o sistema em 2015. Atualmente, seis cursos fazem uso da reserva de vagas. São eles: comunicação, direito, sociologia, antropologia, letras e direitos humanos.

Inclusão
Presente nas atividades que confirmaram as cotas na UFPel, Frei David Santos, diretor-presidente da rede de ensino Educafro, comemorou a inclusão. “Para nós, negros, é uma conquista extraordinária. Temos a consciência de que a medida vai ser uma luz, vai contagiar outras universidades do país. Esse processo está muito lento no Brasil”, aponta.

A adoção da medida tem feito com que as universidades passem por adaptações, desde a necessidade de receber indígenas que não dominam a língua portuguesa até a adaptação de profissionais que dominem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Embora a Universidade Federal do Goiás (UFG) tenha sido pioneira, oficialmente, a portaria normativa que regulamenta a medida foi publicada somente em 11 de maio de 2016 pelo então ministro da educação, Aloizio Mercadante. A portaria determina que as universidades federais adotem medidas e estudos para implementar as ações afirmativas.

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