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Unicef: 48% dos jovens que deixaram escola na pandemia foram trabalhar

Levantamento aponta que dois milhões de alunos, entre 11 e 19 anos, abandonaram os estudos no decorrer da pandemia de Covid-19

atualizado

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carteiras em sala de aula
1 de 1 carteiras em sala de aula - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Durante a pandemia de Covid-19 dois milhões de estudantes, ou 11% dos jovens com idades entre 11 e 19 anos no Brasil, abandonaram a escola. Levantamento realizado pelo Ipec e encomendado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que 48% das crianças e jovens tiveram que deixar os estudos “porque tinham de trabalhar fora”.

Foram entrevistas de forma presencial 1.100 meninas e meninos de 11 a 19 anos, entre os dias 9 e 18 de agosto deste ano em todas as regiões brasileiras. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15/9).

Entre os entrevistados, 29% declaram que desistiram, pois “a escola não tinha retomado atividades presenciais” e 28% afirmam que “tinham que cuidar de familiares” entre os anos de 2020 e 2022.

A Unicef destaca que aproximadamente dois milhões de jovens estão longe da escola e afirma que esse número deve ser ainda maior caso considere crianças entre 4 e 10 anos de idade.

Levantamento destaca que 65% dos estudantes deixaram a escola antes de chegar ao ensino médio. Além disso, o 9º ano do ensino fundamental é a séria com maior índice de evasão escolar, com 16% dos alunos abandonando os estudos.

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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil
Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados
Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos
A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa  96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo
Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0
casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes
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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil

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Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados

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Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos

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A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo

Divulgação/Agência Brasília

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Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0 casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes

Reprodução
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Até 20 de dezembro, o Brasil tinha 36 casos confirmados da variante Ômicron. A cepa foi identificada pela primeira vez em países da África, em novembro de 2021

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em janeiro deste ano. Até a segunda semana de dezembro, mais de 160 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a cerca de 75% da população

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Cerca de 140 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas com as duas doses ou dose única no Brasil. O número representa cerca de 66% da população

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Em relação a dose de reforço, aproximadamente 22 milhões de habitantes receberam o imunizante. O valor corresponde a 10% da população

Hugo Barreto/Metrópoles
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Considerando os dados do site Our World in Data, o estado de São Paulo ultrapassa países como Itália, França, Reino Unido e Alemanha no quesito imunização completa contra o coronavírus

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No ranking global, o Brasil é o quarto país com mais doses aplicadas. Foram 324 milhões até a segunda semana de dezembro

Sandro Araújo/Agência Saúde DF

 

“Apesar dos enormes desafios, a maioria dos estudantes declara estar feliz por ter voltado presencialmente para a escola”, afirma a chefe de Educação do Unicef no Brasil, Mônica Dias Pinto.

No total de 11%, a Unicef aponta que o número de alunos que deixaram a escola durante a pandemia da classe DE chega a 17% e da classe AB, o percentual é de 4%.

“O Brasil está entre os países de maior economia do mundo e deixar uma criança fora da escola já seria um absurdo. Deixar 2 milhões é uma tragédia de impacto incalculável”, destaca Mônica.

Dados positivos

O estudo mostra que a higiene no ambiente escolar aumentou 66% em comparação com os anos que antecedem a pandemia e 55% mostram que aprenderam mais nas aulas após o retorno das aulas presenciais.

Os alunos de escolas públicas afirmam que o esforço da escola em fazer avaliações do que cada um aprendeu durante a pandemia e suas dificuldades teve um aumento de 79% e 71% dos entrevistados declaram que a escola está desenvolvendo atividades que favorecem um bom relacionamento entre os estudantes.

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