Tudo que você precisa saber 6 dias antes da prova do Enem 2017
Neste ano, o exame traz várias novidades, desde a segurança reforçada no dia do teste a temas sensíveis na redação. Fique por dentro!
atualizado
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Com a proximidade da data de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ansiedade dos candidatos aumenta. Por isso, a seis dias do início dos testes deste ano, o Metrópoles selecionou tudo que você precisa saber e o que não pode esquecer para fazer uma boa prova.
A primeira novidade é a aplicação das avaliações em dois domingos, 5 e 12 de novembro. Com isso, é possível respirar e se preparar mais entre uma bateria de provas e outra. Para evitar os clássicos atrasos, que eliminam de cara os candidatos, consulte o local das provas com antecedência e faça uma visita antes para saber como é o acesso. Vai de ônibus? Lembre-se que, aos domingos, as frotas costumam ser reduzidas e operar em horários alternativos.
Os portões serão abertos às 12h, mas é fundamental se programar para chegar com antecedência. Use o alarme do seu celular a seu favor, saia de casa com tempo de sobra.
Segurança
Diante das suspeitas de fraudes em exames anteriores, o Ministério da Educação (MEC) reforçou a segurança para evitar a divulgação de questões e outros problemas que comprometam a finalidade da prova. E, na segunda-feira (30/10), a Polícia Civil deflagrou operação contra grupo que, segundo os investigadores, pretendia fraudar a edição 2017 do Enem por meio de ponto eletrônico.
Neste ano, o Inep vai estrear dois novos recursos de segurança. Um deles é a prova personalizada, com nome e número de inscrição do participante. O outro são detectores de ponto eletrônico, um receptor avançado de identificação de campo próximo, capaz de perceber a emissão de sinais em radiofrequência de Wi-Fi, bluetooth, celulares e outras transmissões ilegais.
O equipamento será usado para localizar e identificar, com precisão e sem a necessidade de busca pessoal, participantes que tentarem usar pontos eletrônicos ou aparelhos de transmissão e, eventualmente, tenham burlado a inspeção por detectores de metal.
Vale lembrar que a edição de 2017 contará com ao menos dois desses aparelhos em cada local de prova. Ao todo, serão usados 67 mil equipamentos em todo o país – o número garante a vistoria dos participantes na entrada e na saída dos banheiros nos ambientes de aplicação. Ou seja, o Enem deste ano terá um detector de metal para cada 100 candidatos. Em 2016, a relação era de 110 pessoas por aparelho.
Já os dispositivos que identificam ponto eletrônico serão distribuídos em locais estratégicos, selecionados pela Polícia Federal.
A prova, personalizada com nome e número de inscrição de cada participante, também inibe significativamente as tentativas de fraude. Com o novo recurso, o candidato não tem a opção de “mentir” sobre a cor do seu teste, uma vez que seu cartão de resposta está vinculado ao caderno de questão personalizado.
Na hora da prova
A redação é a “cereja do bolo” do Enem, tanto que ganhou uma cartilha especial com instruções para o candidato se sair bem. Entre as novidades de 2017, está a aplicação da dissertação no primeiro domingo do exame. Corrigida por dois professores, a nota da redação é composta pela análise de cinco competências:
– Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
– Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
– Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
– Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
– Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado.
Importante: o título é elemento opcional na produção da sua redação e será considerado como linha escrita. Porém, não será avaliado em nenhum aspecto em relação às competências da matriz de referência. Ou seja: você pode fazer seu texto sem título.
Direitos humanos
Além de escrever sobre o tema proposto, é muito importante ficar atento à questão dos direitos humanos. A princípio, a Cartilha de Redação oficial do Enem vetou posicionamentos que incitassem a defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”. Entretanto, na última quinta-feira (26), decisão da Justiça acolheu pedido da Escola Sem Partido e derrubou essa regra.
O Inep comunicou que não foi notificado sobre a determinação judicial, mas já informou que vai recorrer e manter a obrigatoriedade de o texto produzido pelo candidato respeitar os direitos humanos. Assim, mesmo com o impasse na Justiça, é importante que o participante tenha cuidado com declarações que possam ser consideradas como incitação a qualquer tipo de violência motivada por questões de raça, etnia, gênero, credo, condição física, origem geográfica ou socioeconômica.
Os temas das redações costumam abordar questões sociais que oferecem amplos debates e exposição de ideias divergentes. O candidato deve apresentar argumentos sólidos e uma solução para o problema trazido.
Na última prova, em 2016, com os temas “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” e “Caminhos para combater o racismo no Brasil”, alguns candidatos tiveram a prova zerada por escrever frases do tipo: