Só 1,9% dos cursos de saúde no país recebe nota máxima do Inep
O Inep avaliou 4.196 cursos, e apenas 81 receberam nota máxima
atualizado
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Apenas 81 dos 4.196 cursos de saúde e ciências agrárias receberam em 2016 a nota máxima nos índices que avaliam a qualidade do ensino superior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24/11) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Esse número corresponde a apenas 1,9% de notas máximas (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), baseado em desempenho no Enade, exame que avalia os alunos de graduação. No Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), que considera a média dos CPCs das graduações de cada instituição, só 1,5% conseguiu nota 5.
Ao todo, o Inep calculou os indicadores de 2.121 instituições de ensino do país. A nota geral de cada uma será divulgada na próxima segunda (27). Foram avaliados os bacharelados em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. Além dos tecnólogos em agronegócio, estética e cosméticos, gestão hospitalar e gestão ambiental.
O secretário de Regulação e Supervisão do Inep, Henrique Sartori, ressaltou a necessidade de analisar os dados com cuidado e alertou que os índices baixos não significam, necessariamente, que as instituições são ruins. “É importante olhar o todo, todos os cursos e alunos que fizeram o Enade partem de uma base regular”, justifica.
Sartori acrescenta que podem ser tomadas medidas para resolver os problemas daquelas universidades que apresentam níveis baixos de avaliação. Entre elas está a possibilidade de o Ministério da Educação (MEC) visitar essas instituições para detectar falhas específicas e, se for o caso, suspender a criação de novas vagas nos cursos.