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Ricardo Vélez quer impulsionar Projeto Rondon e retomar moral e cívica

Após atribuir erroneamente uma frase ao cantor Cazuza, ministro da Educação teve que se retratar com a mãe do artista, Lucinha Araújo

atualizado

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1 de 1 ricardo-vélez2 - Foto: Diego Rocha/MEC

O ministro Ricardo Vélez Rodríguez anunciou que quer “impulsionar” o Projeto Rondon, criado em 1968 e retomado em 2005, entre os estudantes do ensino superior. Ele também afirmou, em vídeo publicado no site do Ministério da Educação nesta terça-feira (5/2), que vai dar “muita ênfase” à educação moral e cívica em todos os segmentos de ensino do país.

“Estamos impulsionando de novo o Projeto Rondon em nível universitário para visitar as regiões menos desenvolvidas do país, que foram esquecidas pelo mercado e que precisam ser incorporadas à vida nacional”, disse o ministro. Ele citou como exemplo a importância de uma ação do projeto em Roraima.

O Projeto Rondon, criado há 51 anos, tem como objetivo levar universitários para diferentes localidades brasileiras. Foi extinto em 1989, mas retomado em 2005 pelo Ministério da Defesa (MD). O projeto teve 51 editais publicados desde 2005, cada operação leva o grupo para desenvolver um trabalho específico na região selecionada.

O ministro também voltou a afirmar que vai priorizar a volta da educação moral e cívica nas escolas e universidades brasileiras. “Havia nas nossas antigas escolas primárias e secundárias a educação moral e cívica. Depois, quando chegava ao ensino universitário, o aluno tinha [a disciplina] de estudo dos problemas brasileiros. Isso foi esquecido. Eu acho que seria necessário voltarmos a valorizar a educação para a cidadania, que é a base do comportamento da vida cidadã”, diz.

Equívoco com Cazuza
Também nesta terça, Ricardo Vélez teve de se retratar após atribuir erroneamente uma frase ao cantor Cazuza, morto em 1990. Pelo Twitter, Vélez Rodriguez comunicou que ligou para a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, para “desfazer o equívoco”

“Liguei para Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, para desfazer o equívoco de uma resposta que dei atribuindo a ele frase de um programa humorístico. A conversa foi tocante e combinamos uma visita a ela quando eu for ao Rio. O amor do coração de uma mãe por seu filho é algo valoroso”, escreveu o ministro na rede social.

Mais cedo, Lucinha divulgou uma carta aberta para dizer que a menção de Vélez Rodriguez ao seu filho não era verdadeira, classificou o episódio como inadmissível e ameaçou processá-lo. Em entrevista à revista Veja, o ministro afirmou que Cazuza “pregava que liberdade é passar a mão no guarda”.

“Caro Sr. Ricardo Vélez Rodriguez, Ministro da Educação, se meu filho estivesse vivo tenho a certeza de que pediria piedade, mas como não sou ele e minha idade suprimiu os panos quentes, considero inadmissível uma pessoa ocupando o cargo que ocupa não ter a preocupação de citar uma pessoa pública sem compromisso com a verdade”, escreveu em um trecho. “Gostaria de deixar aberta a possibilidade de se retratar publicamente para que não seja necessário ter que tomar providências jurídicas”, concluiu Lucinha.

Libertinagem e xilindró
Na entrevista, Vélez Rodríguez citou Cazuza ao ser questionado sobre se liberdade não incluiria ensinar marxismo, fascismo e liberalismo. “Liberdade não é fazer o que você deseja. Liberdade é agir, fazer escolhas dentro dos limites da lei e da moralidade Fazer o que dá vontade não é ser livre. Isso é libertinagem. No Brasil, por força de ciclos autoritários, temos uma visão enviesada da liberdade. Liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda. Não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró”, disse Vélez Rodríguez.

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