Reitores de universidades cobram mais recursos do MEC
O presidente da Andifes, Emmanuel Tourinho, alerta sobre a redução de investimentos nos últimos anos decorrentes de cortes no orçamento
atualizado
Compartilhar notícia
Durante reunião realizada nesta quarta-feira (16/5) entre o ministro da Educação, Rossieli Soares, e a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições de Ensino Superior (Andifes), reitores apresentaram a situação de dificuldade financeira do setor e cobraram mais recursos do governo federal para este ano e para 2019.
O presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, fez um alerta sobre a redução de recursos nos últimos anos, decorrentes de cortes no orçamento. Segundo ele, em alguns casos houve diminuição nominal (nos valores absolutos), em outros ocorreu congelamento (quando o orçamento se mantém em valores, mas as despesas sobem, gerando perdas de capacidade econômica da instituição).
De acordo com Tourinho, as universidades federais têm orçamento atual equivalente a um quinto do que dispunham há quatro anos para investimento. No mesmo período, o custeio teria sido reduzido em 20%. Esses cortes, em sua avaliação, prejudicaram o processo de expansão nos últimos anos, com criação de instituições, de campi e ampliação de vagas e áreas nas faculdades e institutos.“Seja pelos processos de avaliação do Ministério da Educação ou externos, nosso sistema de universidades tem sido considerado o que oferece melhores cursos de graduação e de pós-graduação. Somos eficientes naquilo que é nossa função, seja no ensino ou na produção de conhecimento”, argumentou Tourinho.
Investimentos
Segundo representantes da Andifes, diversas obras estão paradas em universidades de todo o país. A A entidade também criticou decisão do MEC de concentrar verbas para investimento, retirando-as da administração das instituições.
“Já na gestão anterior, desde 2015, estamos atualizando banco de dados para pactuarmos uma retomada destas obras. A ordem de grandeza para concluirmos já foi levantada nos últimos anos. Seria algo em torno de R$ 3 bilhões. É algo fundamental frente à possibilidade de perda dos investimentos já feitos, já que são obras ameaçadas atualmente”, disse o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher.