Reitor da UFMG é alvo da PF em investigação contra desvios de dinheiro
A vice-reitora Sandra Regina Goulart Almeida também foi levada pela PF para prestar esclarecimentos
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal (PF), com apoio do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União, deflagrou nesta quarta-feira (6/12) a Operação Esperança Equilibrista. A ação mira desvios de recursos públicos, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para implantação do “Memorial da Anistia Política do Brasil”.
O reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramirez, e a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, foram conduzidos coercitivamente pela PF para depor.
Em nota, a CGU informou que foram apurados, até o momento, desvios de mais de R$ 3,8 milhões de recursos vinculados ao projeto do memorial. Além disso, na execução e na prestação de contas da iniciativa, foram verificadas irregularidades, como: falsificação de documentos, pagamento de estágio a pessoas sem vínculo estudantil, desvio de valores para outras contas estranhas ao projeto, além de gastos não relacionados ao objeto da obra.O projeto inicial do museu passou de R$ 5 milhões para quase R$ 30 milhões, sendo que o valor gasto até o momento é de quase R$ 20 milhões. A obra envolve construção, reforma de edifícios e produção de conteúdo da exposição, com vistas à preservação e difusão da memória política dos períodos de repressão.
Mais de 100 policiais federais e auditores da CGU e do TCU cumprem 11 mandados de busca e apreensão e nove mandados de condução coercitiva. Há indícios dos crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.
Investigação na UFSC
Em outubro o reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier Olivo, foi encontrado morto em Florianópolis. Ele também era investigado e acabou afastado do cargo por suspeita de irregularidades na função.
A Operação Ouvidos Moucos, que apurava irregularidades na aplicação de recursos federais no valor de R$ 80 milhões recebidos pela Universidade para cursos de educação a distância (EaD) e Olivo era um dos investigados. (Com informações da Agência Estado)