Redação do Enem: confira dicas para ganhar nota 1000

A redação é considerada por grande parte dos candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a parte mais delicada da avaliação. Diante disso, todo cuidado é pouco! Para conseguir resultado satisfatório na nota final e se aproximar da tão sonhada vaga no ensino superior é preciso obter uma boa pontuação na produção textual. Para auxiliar quem está se preparando nesta reta final do Enem 2018, o Metrópoles reuniu dicas da professora de português do Colégio Leonardo da Vinci, Débora Aguiar. A primeira delas é: não deixe para fazer o texto no último momento!

“Geralmente você fica ansioso, o horário corre e se você deixar para apresentar a redação no último momento, pode perder um pouco em relação a algumas competências. Podem ocorrer desvios de ortografia e acentuação, por exemplo. Então, evite fazer sua redação no último momento!”, destacou.

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As competências mencionadas pela especialista são exigências técnicas cobradas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizadora da seleção, no enunciado da redação. Conforme informou a especialista, ao todo, são cobradas cinco competências.

“A primeira trata de compreender a norma padrão. Então, você tem que escrever de acordo com os preceitos da norma padrão”, explicou. “Na segunda, são avaliados três quesitos: o entendimento da proposta; a tipologia textual – no caso, texto dissertativo-argumentativo – e, por último, repertório sociocultural legitimado”.

Ainda segundo a docente, a terceira competência é o candidato reconhecer as ideias e a organização do texto. Já a quarta é identificar os elementos linguísticos presentes na produção textual, no caso, as conjunções, os advérbios e os pronomes, que tratam da coesão textual. E, por fim, a proposta de intervenção. “O candidato precisa atribuir uma proposta diante dos direitos humanos a fim de reconhecer aquela temática da prova do Enem”.

Confira todas as dicas sobre redação:

Notícias
Outra recomendação feita pela professora é a leitura de notícias para manter-se informado sobre as atualidades, que podem ser inseridas em questões do caderno de prova ou até mesmo na temática da produção textual.

“Hoje, é importantíssimo o reconhecimento de leitura, principalmente de jornais e mecanismos responsáveis por envolver a atualidade”, diz Débora Aguiar. A professora citou como exemplo manchetes e publicações na internet sobre “fake news e notícias de preconceito linguístico”. “O próprio Inep tem feito chamadas nas redes sociais sobre preconceito linguístico. Então, o envolvimento de plataformas midiáticas, jornais e televisão é muito importante para a prova. É bom acompanhar notícias de abril, maio, junho, julho, por exemplo”, completou.

Ao ser questionada se as eleições deste ano poderiam ser abordadas no tema da redação a ser pedida no exame previsto para ser aplicado no dia 4 de novembro, a especialista descartou a possibilidade. No entanto, Débora acredita na possibilidade de o tema levar em consideração a participação juvenil neste processo, por exemplo.

“Política, essa questão da votação, já caiu em tema de prova do Enem. Então, o exame não costuma cobrar assuntos repetidos. Entendo que pode haver um tema envolvendo a participação da cidadania, a participação juvenil neste processo. Teve redução da participação de jovens de 16 e 17 anos dentro do mecanismo de votação”, opinou. “Mas tratar de eleição, de modo geral, não acredito nessa temática, não”, enfatizou a docente.

Apostas para temas de redação
Para a professora Débora Aguiar, há chance considerável de violência escolar compor o tema da redação desta edição do Enem. Na avaliação dela, o assunto foi noticiado em diferentes ângulos pela mídia ao longo do ano.

“As pessoas têm discutido sobre vários assuntos envolvendo educação e há muitas notícias sobre violência escolar – tanto por parte de estudante contra professor e, também, de professor diante de aluno. Essa esfera do bullyng, do cyberbullyng e esse assédio tanto físico quanto moral envolvendo o professor e estudantes, eu acredito que possa ser uma tônica muito positiva para esse ano”, cogitou.

Gramática e interpretação de texto
Questionada sobre conteúdos referentes à língua portuguesa constantemente cobrados, a docente informou que, “primeiramente, a questão da interpretação textual” deve ser considerada.

“Ela [interpretação de texto] é recorrente na prova. Além disso, costumam cair no exame variedades linguísticas e gêneros textuais”, disse. “Então, seria importante, nesta reta final, os candidatos darem atenção maior às intencionalidade dos gêneros textuais. Por exemplo, a carta. Qual a intenção da carta? Se for um quadrinho, qual a intencionalidade desse quadrinho? Funções de linguagem e figuras de linguagem também são conteúdos pertinentes”, finalizou.

Para ir bem em todas as questões, a principal dica da especialista é fazer uma leitura atenta do enunciado, porque é dele que são tiradas as competências. “Indico a leitura deste trecho e, em seguida, passar para o gênero textual disposto na prova. Ou seja, depois de ler o enunciado, volte ao texto base, sublinhe palavras-chave responsáveis por representar aquele comando da pergunta. Assim, você terá uma resposta favorável”, ressaltou.

Saiba o que pode ser cobrado nas questões de códigos e linguagens: