Prazo de inscrição ao Enem para alunos presos termina nesta sexta-feira
Exame possibilita acesso ao ensino superior para pessoas privadas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa com mais de 18 anos
atualizado
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Presos e pessoas sob medidas socioeducativas têm até o fim desta sexta-feira (18/12) para solicitarem a inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio específico para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL). Os detentos devem solicitar ao responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa para realizar as inscrições para as provas, que serão aplicadas nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2021.
Apenas os órgãos de administração prisional e socioeducativa que firmaram adesão com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estão aptos a inscrever participantes no exame. Os inscritos que solicitaram atendimento especializado e tratamento por nome social poderão conferir o resultado do pedido a partir de 23 de dezembro.
As unidades deverão garantir a segurança e o sigilo da aplicação do exame. Os locais de prova precisam ter um espaço físico adequado à aplicação — ambiente escolar coberto, silencioso, com iluminação, mesas e cadeiras em condições para a realização do exame. Segundo o Inep, as provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular.
Após a realização da prova, o responsável pedagógico terá acesso aos resultados obtidos pelos participantes e ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para pleitear uma vaga na educação superior. Também ficará a cargo desse colaborador a divulgação das informações sobre o exame aos participantes privados de liberdade.
Os participantes com idade a partir de 18 anos poderão utilizar o desempenho no exame como mecanismo de acesso à educação superior. Já os “treineiros” – menores de 18 anos, que fazem a prova com o intuito de conhecer a avaliação e não possuem ensino médio completo –, só poderão utilizar os resultados individuais no exame para autoavaliação de conhecimentos.
Enem 2020
Para a ampla concorrência, o período de inscrições para o Enem 2020 foi encerrado em maio deste ano, faltando menos de um mês para as provas presenciais. No dia 17 de janeiro, os candidatos que optaram pelo formato de prova impressa devem comparecer no local designado para realização do primeiro dia do exame. Sete dias depois, acontece o segundo dia de provas.
“Todos os envolvidos deverão seguir as normas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são: evitar aglomerações na entrada, uso de máscara o tempo todo e do álcool em gel, medição da temperatura de cada um na entrada da sala e o distanciamento entre as cadeiras”, informa Eduardo Sousa, Coordenador Geral de Exames do Inep, em live organizada pelo grupo Evolucional, realizada nesta quinta-feira (17/12).
Já aqueles que optaram pelo formato digital, o primeiro dia de prova ocorre no 31 de janeiro e, o segundo, no dia 7 de fevereiro. De acordo com o coordenador, vários testes para as provas digitais foram realizados. “Um dos pontos que tivemos mais preocupação foi com as quedas de energia. Caso aconteça isso, a prova será salva o tempo todo e, ao restabelecer a energia, o sistema voltará para a mesma tela que estava”, garante Sousa. A redação, ressalta o dirigente, será feita manualmente e no papel.
Preparação
Com menos de um mês para as provas, Vinícius Freaza, sócio-diretor da Evolucional – empresa digital especializada em avaliações e dados e que produz simulados que preparam alunos para o Enem -, dá dicas finais para os estudantes.
“Visite as provas anteriores disponíveis na internet e procure identificar os assuntos mais recorrentes, organizando-os em listas e tabelas”, sugere o gestor. Segundo ele, o formato de correção do exame favorece os candidatos que “acertam o maior número de questões fáceis”. “Refaça as provas anteriores buscando identificar e priorizar as questões mais fáceis de cada área do conhecimento. Não perca muito tempo insistindo em resolver questões difíceis se ainda não passou por todas as questões mais fáceis da prova”, orienta.
Por fim, Freaza aconselha praticar a redação em folhas pautadas, sem ultrapassar a limitação informada no exame. “O Enem é bastante rigoroso na correção da redação quanto ao número máximo de 30 linhas, portanto, não ultrapasse esse limite”, destaca. Nesse caso, sua dica é seguir a “estrutura clássica de 4 parágrafos: introdução, dois de desenvolvimento e um de conclusão”.