“O Estado brasileiro quebrou”, diz ministro da Educação
Abraham Weintraub, titular da pasta, defende alterações no exame Revalida e sugere que médicos recém-formados paguem pelo teste
atualizado
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta terça-feira (03/09/2019) que o Estado brasileiro quebrou e que não é o momento de “fazer cortesia com o chapéu dos outros”‘. Além disso, defendeu que médicos recém-formados em universidades estrangeiras paguem pelo teste Revalida, que custa entre R$ 6 mil a R$ 10 mil.
“O Estado brasileiro quebrou e não tem condição de fazer cortesia com o chapéu dos outros. O Revalida é um exame muito caro. Quem paga somos nós, o pagador de imposto”, ressaltou. Ele participa da comissão mista que analisa a MP 890/19, que trata do programa Médicos pelo Brasil.
O ministro chegou a citar a Bíblia para defender que médicos recém formados passem por um teste para poderem atender no país. Ao colegiado, Weintraub disse que é um “princípio básico do Velho Testamento”, que é “fazer com o outro o que gostaria que fizessem comigo”.
“Será que todos os médicos que estão formando, os que vêm do exterior, os da fronteira, todos eles estão em condição de atender nós brasileiros como gostaríamos? É o princípio básico do Velho Testamento. Fazer com o outro o que gostaria que fizessem comigo”, explicou.
Contudo, o ministro criticou o baixo número de aprovados. De acordo com o titular da pasta, cerca de 27% dos médicos recém-formados conseguem validar o diploma estrangeiro. No lançamento do projeto Future-se, Weintraub defendeu que o Revalida fosse também feito por universidades particulares, não apenas pelas públicas, como ocorre atualmente.
“Se não atender a demanda do Brasil, vai ser uma bola de neve. Se a gente conseguir uma solução objetiva na qual quem conseguir ser um médico razoável vai conseguir fazer o Revalida todo semestre. Quem não conseguir passar, não passou”, sustentou.